Meio Ambiente Compartilhar
Meio ambiente

Capivara poderá viver perto de influencer que perdeu guarda do animal, diz Deputado

Animal continuará a viver em seu habitat natural

• Atualizado

Redação

Por Redação

Agenor Tupinambá e capivara Filó. Foto: Twitter | Reprodução
Agenor Tupinambá e capivara Filó. Foto: Twitter | Reprodução

O deputado federal Felipe Becari afirmou que a capivara Filó, que seria retirada de onde vive, em Autazes, no Amazonas, com o influenciador Agenor Tupinambá, poderá continuar a viver em seu habitat natural.

O influenciador foi multado em R$ 17 mil, na última terça-feira (18), após uma denúncia ao IBAMA. A capivara seria retirada do local e entrega às autoridades. Segundo o deputado, a capivara Filó poderá continuara viver na região da fazenda do influenciador.

” Da razoabilidade, da coerência, do que é correto! A Filó vive em seu habitat natural e, por isso, não será mais removida e entregue às autoridades”, escreveu o deputado nas redes sociais.

Entretanto, Becari explica que no caso de Filó, que não foi retirada do habitat natural, ela poderá continuara a viver onde está, mas que animais silvestres não podem viver como animais de estimação.

“Animal silvestre não é pet, e nunca deverá ser. Nesse caso em específico, o animal vive em seu habitat natural, não foi tirado, nem encarcerado e, embora algumas condutas devam ser ajustadas (como o tipo de conteúdo produzido), ela está lá e assim continuará, pois vive em liberdade”, frisa o deputado.

Agenor também está sendo auxiliado pela deputada estadual do Amazonas Joana Darc. Conforme publicação da deputada, agora, os esforças são para que Filó tenha garantia de poder viver na região da fazenda, em seu habitat natural e que as multas aplicadas ao influenciador sejam retiradas.

“Por enquanto, ela continua onde sempre esteve e cresceu livremente. E agora as nossas ações serão para que a sua permanência seja garantida legalmente, além de contestar as demais notificações e multas. Lembrem-se que são sete notificações que somam mais de R$ 17 mil em multas”, publicou a deputada.

Relembre: Influencer que criava capivara Filó perde guarda e é multado em R$ 17 mil

O influencer Agenor Tupinambá, que fazia sucesso nas redes sociais mostrando o dia a dia com a amiga capivara Filó, foi multado em R$ 17 mil, na última terça-feira (18), após uma denúncia ao IBAMA apontar que ele estaria tirando o animal de seu habitat natural.

Agenor é morador de Autazes, no Amazonas e cursa agronomia. Segundo ele, jamais imaginou que “seria acusado de abuso, maus tratos e exploração contra animais”, já que vive em uma fazenda e escolheu ser um “guardião” dos bichos. Ele também foi acusado de matar um bicho-preguiça.

“Também fui acusado de matar um animal do qual todos são testemunhas que só dediquei amor e fiz tudo que podia para preservar sua vida”.Agenor Tupinambá, via Instagram.

Com a autuação pelo IBAMA, o influencer precisou retirar todo o conteúdo com a capivara das redes sociais e entregar Filó a um centro de tratamento animal. O órgão alegou que ele estaria “explorando indevidamente animais silvestres para a geração de conteúdo em redes sociais”.

No Instagram do influenciador, muitos seguidores, celebridades e pessoas do meio jurídico saíram em defesa de Agenor. A deputada estadual Joana Darc, que também vive no Amazonas e se diz protetora dos animais, afirmou estar “indignada” e disse que quem vê de fora não entende que alguns moradores do estado convivem diariamente com esses animais.

IBAMA se posicionou sobre o caso

Segundo o IBAMA, o caso chegou ao conhecimento do órgão após a morte de um bicho-preguiça que Agenor criava em sua propriedade. Na fazenda, os agentes que foram ao local encontraram em posse do influencer um papagaio e uma capivara, animais que ele não tinha autorização legal para ter.

“É importante salientar que além de ser crime manter animais silvestres irregularmente, a exposição de espécimes silvestres como pets em redes sociais, estimula a procura por esses animais, aquecendo o tráfico de espécies da fauna brasileira”.Informou o IBAMA por meio de nota.

Eles ressaltaram ainda que animais silvestres também podem transmitir doenças graves para os humanos e que Agenor foi autuado com base no Decreto nº 6.514/2008, que regulamenta a Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998).

>> Para mais notícias, siga o SCC10 no TwitterInstagram e Facebook.

Quer receber notícias no seu whatsapp?

EU QUERO

Ao entrar você esta ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.

Fale Conosco
Receba NOTÍCIAS
Posso Ajudar? ×

    Este site é protegido por reCAPTCHA e Google
    Política de Privacidade e Termos de Serviço se aplicam.