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Plano Rio Grande

Governador do RS anuncia plano reconstruir o estado após as chuvas

Iniciativa contará, inicialmente, com R$ 12 bilhões

• Atualizado

Agência Brasil

Por Agência Brasil

Foto: Força Aérea Brasileira / Perfil Brasil
Foto: Força Aérea Brasileira / Perfil Brasil

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, anunciou nesta sexta-feira (17) a criação do Plano Rio Grande, iniciativa estadual destinada a reparar os danos causados pelas consequências das fortes chuvas que atingiram o estado nas últimas semanas.

Segundo Leite, o projeto é abrangente e destinado “à reestruturação e reconstrução do estado”, e que exigirá a união de amplos setores da sociedade, além do apoio federal e da coordenação de esforços.

“Queremos engajar o setor privado, a sociedade civil, as prefeituras, o governo federal, todos em torno de um grande plano de reconstrução do estado”, declarou Leite ao assegurar que, no âmbito estadual, a iniciativa envolverá todas as secretarias e órgãos públicos, que atuarão sob a coordenação da nova Secretaria da Reconstrução Gaúcha.

“Este é um plano que não se limita a uma única secretaria. Não teremos divisões. A cooperação será fundamental, em todos os níveis”, acrescentou Leite, explicando que a nova secretaria será responsável por “gerenciar e revisar as soluções e instruir os processos das demais secretarias”.

“Não é o caso de termos um compartimento, uma unidade que, sozinha, responderá pela reconstrução do estado. Vamos ter o alinhamento das ações em cada uma das secretarias, mas haverá nesta secretaria, um escritório de projetos. E caberá a ela promover o alinhamento e a transversalidade dos projetos com as secretarias finalísticas”, detalhou o governador.

Para garantir a efetividade das medidas, será criado o Fundo Plano Rio Grande (Funrigs), com um aporte inicial de R$ 12 bilhões provenientes do valor que o estado pagaria de dívidas com a União. O fundo também poderá receber recursos federais e emendas parlamentares.

Frentes do Plano Rio Grande

O plano prevê ações em três frentes. Uma, de trabalho emergencial, com ações focadas no curto prazo, prioriza a assistência social, como o atendimento às pessoas afetadas pelas chuvas, especialmente as mais de 78 mil que precisaram deixar suas casas e buscar refúgio em abrigos públicos ou de entidades assistenciais.

A segunda frente, de reconstrução, envolve ações de médio prazo, como empreendimentos habitacionais, obras de infraestrutura e iniciativas que promovam a atividade econômica gaúcha. De acordo com Leite, técnicos do governo estimam que, nos próximos meses, o governo estadual deve deixar de recolher aos cofres públicos ao menos R$ 14 bilhões em tributos, em consequência da retração da atividade econômica.

A terceira frente do Plano Rio Grande prevê ações de longo prazo, como um plano de desenvolvimento econômico mais amplo, e será coordenada pelo próprio governador. “Não basta cuidarmos das pessoas no curto prazo e reconstruirmos o que tínhamos da forma como era. Vamos precisar apontar um horizonte e o futuro do estado com a capacidade de animar os próprios gaúchos e o Brasil”, explicou Leite durante a entrevista coletiva no novo Centro Administrativo de Contingência, espaço adaptado para abrigar parte da estrutura e dos servidores do Poder Executivo estadual, deslocados do Centro Administrativo Fernando Ferrari, um dos prédios públicos da capital gaúcha atingidos pelas inundações e alagamentos.

“Temos um grande desafio de coordenação entre todos os agentes [públicos envolvidos], o setor privado, a sociedade civil, as prefeituras e o governo federal. Tenho absoluta confiança de que estaremos à altura do que o momento histórico nos exige. Assim como sempre falamos sobre a enchente de 1941, no futuro, nos livros de História, vão falar da enchente de 2024. E temos a obrigação de estarmos à altura do que o momento histórico nos exige”, afirmou o governador Eduardo Leite.

Governador do RS anuncia plano reconstruir o estado após as chuvas
Foto: Digue Cardoso / Prefeitura de São Leopoldo

Número de mortos no Rio Grande do Sul chega a 151

O número de mortos no Rio Grande do Sul chega a 151, conforme o Boletim do Governo do Estado, divulgado nesta quinta-feira (16). A chuva afetou mais de 2.281.830 pessoas.

O número de feridos é de 806 e desaparecidos 104, devido às fortes chuvas que atingem as cidades gaúchas desde semana passada.

Pelo menos 461 municípios afetados, 77.199 mil pessoas em abrigos e 540.192 mil desalojados. Confira abaixo o último relatório sobre as ações de resgate nas localidades atingidas.

Segundo o Governo, os dados são divulgados diariamente às 9h, 12h, 18h.

Boletim desta quinta-feira (16/5)

  • Número de mortos no Rio Grande do Sul: 151
  • Municípios afetados: 461
  • Pessoas em abrigos: 77.199
  • Desalojados: 540.192
  • Afetados: 2.281.830
  • Feridos: 806
  • Desaparecidos: 104
  • Óbitos em investigação: 0
  • Pessoas resgatadas: 76.620
  • Animais resgatados: 11.932

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