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Problemas

“Desastre avisado”, diz morador que denunciou rachaduras em reservatório da Casan em 2017

O morador ainda expressa preocupação de que as estimativas fornecidas de idenização possam não cobrir completamente as perdas sofridas

• Atualizado

Redação

Por Redação

Foto: Angélica Varaschini/SCC SBT
Foto: Angélica Varaschini/SCC SBT

“Um desastre avisado”, assim João Moraes, morador do bairro Monte Cristo, em Florianópolis, descreveu o rompimento do reservatório da Casan que prejudicou mais de 200 famílias e transformou a região em um cenário de guerra. Desde 2017, ele já havia identificado rachaduras e problemas estruturais no local, inclusive enviando imagens para a Defesa Civil e a Casan.

Naquele ano, João lembra que casas próximas começaram a apresentar rachaduras durante o estaqueamento do terreno do reservatório. As obras visavam estabilizar as fundações da estrutura, porém causaram rachaduras nas paredes e calçadas ao redor.

“Antes de começar a obra, eles estiveram aqui fazendo testes, furaram a adutora e desceu toda a água, chegou na minha casa e nessa área. Pouca gente foi atingida e a Casan pagou alguns. Eu estou até hoje na Justiça para receber e não recebi”, disse João.

No ano passado, João precisou acionar novamente a Defesa Civil. Depois de enviar imagens que mostravam a situação do local, a empresa pediu que ele aguardasse. Agora, sem a tomada de medidas adequadas, os moradores enfrentam as dificuldades causadas pelo rompimento que desalojou dezenas de famílias.

“Eles inauguraram a caixa e começou o vazamento. Eu fiz reclamação na Defesa Civil, que mandou esvaziar a caixa para vedar. Quando encheram de volta, começou a esvaziar tudo de novo. Esse ano começaram a fazer os remendos. Eu fiz vídeos, mandei para a Defesa Civil de novo, disseram que abriram protocolo e mandaram esperar. Deu no que deu, um desastre avisado”, conta.

Neste sábado (09), a Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) anunciou que deu início aos pagamentos de indenizações dos prejuízos causados. No entanto, João expressa preocupação de que as estimativas fornecidas pela empresa possam não cobrir completamente as perdas sofridas.

“O medo é eles darem essa antecipação da indenização e depois vir para cada um e dizer: ‘esse é mais um trocadinho para o senhor, mais um dinheirinho, e vocês assinam a quitação’. Fora os danos morais, isso abala qualquer pessoa”

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