Palco Giratório Sesc agita Florianópolis com espetáculos gratuitos; saiba mais
A capital recebe o evento de 1 a 27 de agosto com apresentações gratuitas de grupos de todo o país e debates.
• Atualizado
O Palco Giratório Sesc, maior projeto de circulação de artes cênicas do país, está de volta a Santa Catarina com uma extensa programação gratuita durante o mês de agosto. De 1 a 27 de agosto, Florianópolis recebe o Festival Palco Giratório, que traz à capital os 17 espetáculos do circuito nacional e dois convidados locais, além de debates temáticos e intercâmbios entre grupos. O evento chega também a Criciúma, Itajaí e Lages com as Mostras Palco Giratório.
Festival em Florianópolis
O Festival Palco Giratório Sesc em Florianópolis contará com 19 apresentações de teatro, dança e circo, para todas as idades. Os espetáculos, vindos de 15 estados (AM, DF, ES, GO, MA, MG, MS, PB, PE, RJ, RN, RR, RS, SC e SP), misturam sotaques e abordam uma variedade de temas relevantes para a sociedade, como musicalidade, intergeracionalidade, negritude, acessibilidade e inclusão.
Homenagem: Essa edição também celebra o trabalho do ator e diretor Amir Haddad, criador do Grupo Tá na Rua, e o ator, compositor, diretor musical e capitão de congado Maurício Tizumba. Os artistas homenageados são reconhecidos pela importante contribuição para o cenário das artes cênicas brasileiras há mais de cinquenta anos e que estarão presentes no evento.
Para fortalecer a formação em Artes Cênicas, o Sesc, em parceria com a Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), através do Centro de Artes, Design e Moda (Ceart), promove o “Seminário Pensamento Giratório: Imagens Políticas, Diversidades e Crises nas Artes Cênicas Brasileiras”, com debates conduzidos por professores do Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas (PPGAC).
Locais: A programação é gratuita e acontece de 01 a 27/08 no Teatro Sesc Prainha, no Teatro Ademir Rosa do Centro Integrado de Cultura (CIC), no Auditório Garapuvu no Centro de Cultura e Eventos da UFSC, no Centro de Artes, Design e Moda (Ceart) da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) e na Avenida Paulo Fontes em frente ao Terminal de Integração do Centro (Ticen).
Entrada gratuita com ingresso social: Como ingresso social, o público é convidado a doar itens de higiene pessoal na entrada. As doações são direcionadas a crianças e adolescentes em situação de acolhimento institucional ou familiar no estado de Santa Catarina, atendidas pelo Programa Novos Caminhos (PNC) do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC).
Há 26 anos na estrada, o Palco Giratório Sesc já contou com a participação de 380 grupos artísticos de todas as regiões brasileiras, oferecendo aproximadamente 10 mil apresentações a um público estimado em 5 milhões de espectadores.
*Os ingressos poderão ser retirados 1h antes do espetáculo no espaço da apresentação.
*Para os espetáculos que serão realizados no CIC, os ingressos devem ser retirados em ingressos.sesc-sc.com.br
Destaques do Festival
A abertura do Festival, no dia 01/08 (quinta-feira), será às 20h, no Teatro Ademir Rosa (CIC), com “A Fábrica dos Ventos”, da Trupe Lona Preta (SP). O espetáculo é uma comédia, com classificação livre, que conta a história de um reino onde a vida gira em torno das bexigas: o trabalho, o alimento, o lazer.
No dia 07/08, às 20h, o Teatro Ademir Rosa – CIC recebe o musical do homenageado Maurício Tizumba: “Herança”, da Cia Burlantins (MG). O espetáculo retrata a busca e o resgate da herança cultural afro-brasileira como bússola para a diáspora negra.
O homenageado Amir Haddad, tem 86 anos de vida e 66 de carreira e se apresenta no dia 15/08, às 20h, no Sesc Prainha, com o espetáculo: “Zaratustra: Uma transvaloração dos valores”, Grupo Tá na Rua (RJ). A peça nasceu da relação de Haddad com o personagem Zaratustra escrito pelo filósofo Friedrich Nietzsche.
O Palco Giratório também traz ao público grandes nomes da cultura brasileira. O espetáculo “Leci Brandão – Na palma da mão”, com o Grupo Lapilar Produções Artísticas (RJ), vencedor do Prêmio Shell 2024 na categoria direção, conta a trajetória da sambista carioca em um musical a partir das histórias de seus orixás. A apresentação será no dia 17/08, às 20h, no Auditório Garapuvu – Centro de Cultura e Eventos da UFSC.
As crianças também são contempladas no circuito. A opereta infantojuvenil “Cabelos Arrepiados”, da companhia Buia Teatro de Manaus, é um exemplo. Premiado como Melhor Grupo de Teatro do Brasil em 2022, o grupo traz um espetáculo inspirado na literatura fantástica de autores como Edgar Allan Poe e Tim Burton.A apresentação será no dia 14/08, às 20h, no Teatro Ademir Rosa – CIC.
O circo está representado na circulação com espetáculos como “Mar Acá”, do Grupo Locômbia Teatro de Andanças, formado por atores colombianos que vivem em Roraima. A apresentação acontece no dia 20/08, às 20h, no Sesc Prainha.
O encerramento no dia 27/08 será com o representante catarinense no circuito nacional: a Cia La Luna, de Canelinha. O grupo apresenta “Circo de Los Pies”, às 20h, no Sesc Prainha, um espetáculo de animação cômico-circense em que a Palhaça Asmeline apresenta ao público seus dois pés sem conserto: Pezão e Pezinho, duas personalidades que compartilham um mesmo corpo.
Debates temáticos: O Seminário Pensamento Giratório: imagens políticas, diversidades e crises nas artes cênicas brasileiras, realizado em parceria com a Udesc / Ceart, apresenta uma programação formativa no Sesc Prainha, com enfoque em diferentes perspectivas das artes cênicas. No dia 08/08, o evento apresenta o “Pensamento Giratório com a Cia. Burlantins (MG)”. Júlia Tizumba conduz a palestra-performance “Caras e caretas de um teatro negro performativo”, mergulhando na vida e obra de seu pai, o homenageado Maurício Tizumba, explorando o teatro negro contemporâneo. No dia 13/08, o debate “Pensamento Giratório com Buia Teatro Company (AM)” foca nas metamorfoses na arte teatral contemporânea, com insights da companhia dirigida por Tércio Silva e Maria Hagge. Já em 16/08, o “Pensamento Giratório com o Grupo Tá na Rua (RJ)” traz a voz do homenageado Amir Haddad sobre a importância da arte pública como agente transformador e seu papel na democracia cultural.
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