Maino’i em campo: mulheres indígenas têm futebol como símbolo de resistência

O maino’i carrega um símbolo sagrado na cultura guarani. Segundo a crença, para criar a Terra, Nhanderu precisava de ajuda para se hidratar, já que não podia tomar qualquer líquido. Foi aí que o pequeno pássaro entrou em cena: em voos leves, agéis e rápidos, ele ia até as flores para colher o néctar e hidratar o criador de tudo.

A Coordenadora do Distrito Sanitário Especial Indígena do Interior Sul, do Ministério da Saúde, Kerexu Yxapyry, explica que o animal é um símbolo feminino, que representa a construção da vida:

“Ele simboliza a sabedoria para nós. É o primeiro ser criado por Nhanderu [Deus] na mitologia guarani e tem um significado muito importante. Nós mulheres usamos muito esse símbolo para tudo, nas nossas artes, no nosso trabalho”.

O pássaro é visto facilmente perto das flores, das árvores e até mesmo daqueles bebedouros com água doce, que são colocados nas janelas.

É porque na linguagem não indígena, o maino’i se chama beija-flor.

Para as mulheres do time Tataendy Rupa, o beija-flor e a sabedoria estão o tempo todo presentes. Estão o tempo todo em campo.

Maino’i em campo

Confira a reportagem completa sobre o time de futebol feminino e indígena que se encontrou com um grupo de estudantes de moda. Juntos, eles montaram um uniforme padronizado para que as jogadoras pudessem brilhar em campo.

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