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Tristeza

Corpo do indigenista Bruno Pereira será cremado nesta sexta-feira

Bruno Pereira e o jornalista Dom Phillips faziam viagem pelo Vale do Javari quando foram rendidos

• Atualizado

SBT News

Por SBT News

Natural de Recife, Bruno deixa a esposa e três filhos | Reprodução
Natural de Recife, Bruno deixa a esposa e três filhos | Reprodução

O corpo do indigenista Bruno Pereira, de 41 anos, será velado e cremado na manhã desta sexta-feira (24). A cerimônia fúnebre irá acontecer no Cemitério e Crematório Morada da Paz, localizado em Paulista, na Região Metropolitana do Recife, em Pernambuco. Ele deixa a esposa e três filhos.

Bruno e o jornalista britânico Dom Phillips, colaborador do jornal The Guardian, faziam uma viagem pelo Vale do Javari, no Amazonas, quando foram rendidos por moradores locais após registrarem a prática de atividades ilegais. Segundo investigação policial, ambos foram mortos a tiros e tiveram os corpos esquartejados e queimados. 

Natural de Recife, Bruno deixou Pernambuco, em 2000, para seguir o sonho de trabalhar na Amazônia. Ele era conhecido como defensor das causas indígenas e era considerado uma referência por colegas e para os povos indígenas.  

Em conversa com ministro Luís Roberto Barrroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), o líder indígena Beto Marubo, integrante da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), disse que Bruno foi morto por ter feito o mapeamento de atividades ilegais na região e da logística adotada pelos integrantes das quadrilhas. 

Ele também afirmou que, ao longo dos últimos anos, o indigenista ensinou aos indígenas como utilizar recursos e tecnologias para qualificar informações, de forma técnica, sobre o aumento das invasões do território do Vale do Javari.

Investigação

Na quinta-feira (23), um homem se apresentou no 77º Distrito Policial, em Santa Cecília, na região central de São Paulo, alegando ter participado dos assassinatos de Bruno e Dom. Em depoimento, Gabriel Pereira Dantas contou que ajudou a esconder os corpos dos “turistas” e mencionou o nome do Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como Pelado, que confessou o crime.

Segundo ele, no dia do assassinato, em 5 de junho, ele e Pelado bebiam em um bar quando o pescador o chamou para sair de canoa. Ambos percorriam o rio quando Pelado avistou o barco “voadeira” das vítimas e conseguiu alcançá-los.

Assim que emparelharam os barcos, Gabriel conta que o pescador tirou uma espingarda 16 mm e apontou para os dois. Pelado teria atirado primeiro em Dom e depois em Bruno, a uma distância de aproximadamente três metros. Posteriormente, os corpos foram cobertos e o pescador chamou outros dois indivíduos ribeirinhos para ajudar na ocultação do crime.

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