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Condenação

Cinco réus são condenados a quase 500 anos de prisão por chacina após dois dias de Júri

As penas somadas chegam aos 500 anos de prisão pela chacina em Quilombo

• Atualizado

Redação

Por Redação

Foto: Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) / Divulgação
Foto: Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) / Divulgação

Cinco homens acusados pela morte de três jovens, em Quilombo, foram condenados a penas somadas que totalizam 480 anos, quatro meses e 11 dias de prisão, em regime fechado e sem direito de recorrer em liberdade.

As condenações, desta sexta-feira (31), vieram após dois dias, distintas compreendem: 126 anos e nove meses; 120 anos e seis meses; 98 anos, oito meses e 28 dias; 68 anos, um mês e 25 dias; e 66 anos, dois meses e 18 dias. Todos receberam penas de multa em dinheiro.

A decisão do juiz André Milani, que presidiu o júri de número 50 à frente da 2ª Vara Criminal da comarca de Chapecó, foi lida pouco antes das 21h de sexta-feira.

Os crimes pelos quais o grupo responde são homicídio qualificado por motivo torpe e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima – por três vezes, organização criminosa, roubo e porte de arma de fogo de uso restrito.

No primeiro dia da sessão, na quinta-feira (30/3), sem oitiva de testemunhas, os trabalhos iniciaram com os interrogatórios dos cinco réus, na parte da manhã. O júri foi transferido para a comarca vizinha em atendimento a pedido do Ministério Público devido à grande comoção que o crime causou no município com menos de 10 mil habitantes. Os acusados optaram por responder apenas às perguntas dos 11 advogados de defesa. Após pausa para almoço, o júri continuou com explanação de três horas da acusação, onde atuaram dois promotores de justiça e um assistente de acusação. Na sequência, por igual tempo, falaram os advogados.

No segundo dia, o Ministério Público iniciou a manhã fazendo uso da réplica até o horário de almoço. A tarde foi dedicada à tréplica da defesa. Em seguida, aconteceu a votação dos quesitos utilizados para elaboração da sentença. Os jurados precisaram responder a 140 perguntas, para cada réu, sobre os crimes cometidos. A partir de então, a sentença foi elaborada.

Júri chamou atenção

Sobrevoos do helicóptero da Polícia Civil, 16 policiais militares em viaturas e outros nove em motocicletas na área externa do fórum da comarca de Chapecó. Do lado de dentro, 27 policiais penais, 14 militares e quatro à paisana membros do Núcleo Interno de Segurança do Tribunal de Justiça de Santa Catarina e da Casa Militar. Estrutura que se fez necessária e chamou a atenção da comunidade nos últimos dois dias quando aconteceu o julgamento

O crime

Conforme a denúncia, na madrugada do dia 30 de janeiro de 2021, os cinco réus invadiram uma residência na linha Paial, no interior de Quilombo, onde as vítimas estavam acompanhadas de outras pessoas. No momento da invasão, eles afirmaram ser de uma facção criminosa e ordenaram que todos deitassem no chão.

Na sequência, disparavam diversas vezes contra dois homens e um adolescente que morreram no local. Em seguida, eles abordaram uma mulher que estava na casa, e, com uso de violência e ameaça, levaram o celular dela. O crime foi motivado por rixa entre fações rivais às quais pertenciam os envolvidos.

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