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Trabalho social

Catarinense Zilda Arns é incluída no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria

Ela morreu em 12 de janeiro de 2010, aos 75 anos de idade, em um terremoto que atingiu o Haiti

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Redação

Por Redação

Agência Brasil

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Zilda Arns faleceu em 2010, enquanto estava no Haiti. Divulgação/Wilson Dias/Agência Brasil
Zilda Arns faleceu em 2010, enquanto estava no Haiti. Divulgação/Wilson Dias/Agência Brasil

O nome da pediatra e sanitarista Zilda Arns Neumann foi incluído no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, que preserva os nomes de figuras que marcaram a história do Brasil e fica localizado no Panteão da Pátria e da Liberdade, em Brasília. A lei foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e publicada nesta segunda-feira (24) no Diário Oficial da União.

Nascida em 25 de agosto de 1934, em Forquilhinha, no Sul do Estado, Zilda Arns atuou para combater a desnutrição infantil e para valorizar a importância do trabalho voluntário. Indicada três vezes para o Prêmio Nobel da Paz e homenageada no Brasil e no exterior, foi uma das fundadoras da Pastoral da Criança, em 1983.

Zilda trabalhou junto a comunidades e treinou voluntários para ensinar mães de crianças em situação de vulnerabilidade a usar o soro caseiro, que combate a diarreia e a desidratação. Com o apoio do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), as ações alcançaram 72% do território nacional.

Outro papel decisivo de Zilda Arns no combate à mortalidade infantil foi para reverter a síndrome da morte súbita. Em 2009, uma campanha liderada pela Pastoral da Criança reforçou aos pais a necessidade de colocar o bebê para dormir de barriga para cima, já que evidências científicas apontavam que a posição seria mais segura.

Em 2004, Zilda fundou a Pastoral da Pessoa Idosa e capacitou líderes comunitários para auxiliar idosos a controlar vacinas, evitar acidentes em residências e identificar possíveis doenças físicas e emocionais. O projeto atende hoje mais de 100 mil idosos em 579 municípios do país.

Zilda Arns estava em missão de paz no Haiti em 12 de janeiro de 2010 quando morreu, aos 75 anos de idade, na capital Porto Príncipe. Após um forte terremoto, a brasileira acabou atingida pelos escombros no desabamento do teto de uma igreja onde fazia uma palestra. Ela era irmã de Dom Paulo Evaristo Arns, morto em 2016, também conhecido por trabalhos sociais e um nome progressista da igreja no Brasil.

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