Vacinas da Pfizer e Moderna não passam RNA para o leite materno, segundo estudo
A pesquisa avaliou 13 amostras de leite de cada uma das sete voluntárias antes e depois de receber as doses dos imunizantes
• Atualizado
Um novo estudo feito por um grupo da Universidade da Califórnia em São Francisco reforça a segurança das vacinas de RNA para mulheres que estão amamentando. Utilizando um teste de alta sensibilidade, os cientistas constataram que o princípio ativo das vacinas da Pfizer e da Moderna não é transmitido para o leite materno.
A pesquisa avaliou 13 amostras de leite de cada uma das sete voluntárias antes e depois de receber as doses dos imunizantes. Deste modo, puderam observar que o material genético não penetrava no leite por meio das glândulas mamárias. As mulheres amamentavam crianças de 1 mês a 3 anos de idade.
O teste utilizado pelos cientistas tem a capacidade de detectar uma quantidade viral na escala dos picogramas (trilionésimos de grama) nas amostras de leite coletadas. No entanto, a presença do material não foi identificado.
“Qualquer RNA residual abaixo desse limite de detecção se degradaria no sistema gastrointestinal do bebê, reduzindo a exposição ainda mais”, afirmam os responsáveis pelo estudo, publicado na revista JAMA Pediatrics.
O resultado da pesquisa reforçou a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para que mulheres vacinadas não deixem de amamentar. Segundo o órgão, a amamentação é importante para a imunidade dos bebês, já que ajuda na transição dos anticorpos para a proteção da criança.
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Covid-19: leite materno de mulheres vacinadas carregam anticorpos
O leite materno produzido por mulheres que receberam vacina da Covid-19 carregam anticorpos contra o novo coronavírus, segundo um estudo publicado no dia 12 de abril na revista médica JAMA Network. Conduzido por pesquisadores em Israel, o trabalho ocorreu por meio da coleta de 504 amostras de leite de 84 mulheres que receberam duas doses do imunizante desenvolvido pela farmacêutica Pfizer em parceria com a empresa alemã BioNTech.
O recrutamento das participantes foi feito online, do dia 23 de dezembro de 2020 a 15 de janeiro de 2021. Entre a aplicação da primeira e da segunda dose da vacina, houve um intervalo de 21 dias. Por fim, após a análise das amostras de leite materno coletadas, os pesquisadores notaram que a maioria delas continha uma grande quantidade de anticorpos IgA e IgG até seis semanas depois da vacinação.
Os do primeiro tipo já podiam ser notados duas semanas após a aplicação da segunda dose, enquanto a quantidade de IgG aumentou depois de quatro semanas. De acordo com o estudo, “os anticorpos encontrados no leite materno dessas mulheres mostraram fortes efeitos neutralizantes, sugerindo um potencial efeito protetor contra infecção [do novo coronavírus] em bebês”.
O trabalho aponta ainda que, durante o período de análise, nenhuma mãe ou bebê apresentou efeito colateral sério relacionado à vacina. Por outro lado, admite que é limitado, visto que não abrangeu análises qualitativas e quantitativas mais específicas dos anticorpos gerados contra o Sars-CoV-2.
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