Quebra de sigilo telefônico de Pazuello é aprovada na CPI da Pandemia
Ernesto Araújo, Mayra Pinheiro e membros do chamado "gabinete paralelo" também estão dentro da medida
• Atualizado
A quebra de sigilo telefônico e telemático do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello foi aprovada na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia nesta quinta-feira (10). O requerimento n° 737, de autoria do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), referente a quebra de sigilo, foi aprovado por 10 votos a favor e 1 contrário, o do senador Marcos Rogério (DEM-RO).
O requerimento solicita o registro e a duração das ligações desde abril de 2020. Além da quebra de sigilo telefônico, o documento define o fornecimento de dados da Google, do WhatsApp, do Facebook, do Facebook Messenger, do Instagram e do Ministério da Saúde sobre trocas de dados pelas redes, conhecido como sigilo telemático.
Estão inclusos, na abertura de sigilo, informações cadastrais, registros de conexão, backup do WhatsApp, lista de contatos, cópia de emails, conteúdos multimídias, locais salvos no Google Maps, informações de pagamentos e listagem de redes wi-fi acessadas.
Outros requerimentos de convites, convocações e quebra de sigilo de pessoas e empresas foram votados durante a manhã desta 5ª feira (10.jun). O ex-ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação do Ministério da Saúde, Mayra Ribeiro e o assessor internacional da Presidência da República, Filipe Martins tiveram a quebra de sigilo telefônico e telemático aprovada. Também foram aprovadas quebras de sigilo bancário e fiscal de empresas de publicidade.
Pazuello diz ser a favor de máscara e é confrontado com episódio no shopping
Em depoimento à CPI da Covid, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello voltou a dizer que é favorável a medidas preventivas contra a covid, mas foi confrontado em seguida com o episódio em que entrou num shopping em Manaus sem máscara, em desrespeito a recomendações sanitárias de combate à pandemia. O general foi fotografado sem o equipamento de proteção e o caso ganhou repercussão no Twitter, e foi relembrado pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM).
Pazuello tentou justificar o caso, afirmando que, no momento em que foi fotografado, estava a caminho de um quiosque para comprar uma nova máscara.
Segundo a versão do ex-ministro, ele levou o equipamento ao shopping, mas que a máscara teria ficado inutilizável ao ser “pisada” dentro do carro.
“Tem imagens da minha chegada, o shopping de Manaus tem entrada lateral, fui levar minha filha, claro que fui de máscara, ela ficou dentro do carro, pisada, ficou inutilizada, e na porta falei estou sem máscara, tem como comprar? Ela falou nesse quiosque em frente, oito metros até quiosque, fui fotografado”, afirmou Pazuello.
Antes de responder a Eduardo Braga, o ex-ministro buscou se defender das críticas feitas na quarta pela cúpula da CPI, de que Pazuello dissimulou durante o depoimento e faltou com a verdade. “Compromisso de dizer a verdade está muito além da CPI. Sou oficial general, e não posso faltar à verdade”, disse ele.
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