Primeiros carregamentos de vacina da Pfizer deixam fábrica nos EUA
País é líder mundial em registros de infectados e mortos pelo coronavírus
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Os primeiros caminhões carregando lotes da vacina Pfizer/BioNTech contra a covid-19 para uso nos diversos estados dos EUA saíram de uma fábrica de Michigan neste domingo (13). As doses são importantes para tentar frear o surto de coronavírus do país, líder mundial em registros de infectados e mortos pelo vírus, com mais de 16 milhões de casos registrados e 297,5 mil óbitos, segundo informações da Johns Hopkins University.
Os carregamentos colocam em movimento o maior esforço de vacinação da história dos EUA. As doses foram embaladas em caixa de transporte com gelo seco e sensores habilitados para GPS para garantir que cada remessa permaneça à temperatura inferior a -70 C, condição necessária para conservar a vacina.
Inicialmente, a expectativa era de que cerca de 3 milhões de doses fossem liberadas. Na primeira fase, a vacina será aplicada prioritariamente a profissionais de saúde e residentes em asilos. O plano é garantir que haja vacina para dar as duas doses necessárias para proteção total contra covid-19.
Autoridades federais dizem que os primeiros carregamentos de vacina da Pfizer/BioNTech serão direcionados a 145 centros de distribuição nesta segunda-feira, com 425 locais adicionais recebendo remessas na terça-feira, e outros 66 na quarta-feira. A vacina será direcionada a hospitais e outros locais que podem armazená-la na temperatura exigida. As doses devem ser entregues em todos os locais de vacinação identificados pelos estados dentro de três semanas, informaram autoridades federais.
A agência americana que regula medicamentos e alimentos, a Food and Drug Administration (FDA), autorizou o uso emergencial do imunizante na última sexta-feira (11), declarando que a vacina é altamente protetora e não apresenta grandes problemas de segurança.
Embora os reguladores dos EUA tenham salientado durante meses que atuariam com rigor e independência em suas análises das vacinas contra o novo coronavírus, enfrentaram pressão política nos estágios finais de avaliação do imunizante da Pfizer/BioNTech. E a preocupação de que a autorização possa ter sido feita de maneira apressada pode prejudicar os esforços de vacinação em um país em que o ceticismo sobre as vacinas já está arraigado.
O chefe do FDA disse que a decisão da agência foi baseada na ciência, não na política, apesar da ameaça da Casa Branca de demiti-lo se a vacina não fosse aprovada antes de sábado.
Embora a vacina tenha sido considerada segura, os reguladores do Reino Unido estão investigando reações alérgicas graves. As instruções do FDA aos provedores incluem não fornecer a vacina a pessoas com histórico conhecido de reações alérgicas graves a qualquer um de seus ingredientes.
Fontes: Associated Press e Dow Jones Newswires
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