Pesquisa do HU/UFSC avalia diferentes reações do organismo à Covid-19
O estudo poderá ajudar a direcionar as intervenções clínicas
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Uma pesquisa com cerca de 200 pacientes que tiveram a Covid-19 está sendo feita para verificar, entre outras coisas, os motivos de o organismo das pessoas reagir de forma diferente à doença, qual é o tempo em que é possível se considerar imunizado e como o organismo reage à infecção ao longo do tempo. Os pesquisadores e pprofessores são ligados ao Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago (HU-UFSC/Ebserh), ao Departamento de Análises Clínicas do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e ao Hospital Nereu Ramos.
De acordo com a professora do Departamento de Análises Clínicas da UFSC, Maria Cláudia Santos da Silva, coordenadora do pesquisa, denominada “Resposta Imune dos Pacientes Infectados pelo Sars-CoV-2, um estudo de coorte”, o objetivo é investigar o comportamento das células imunes, dos anticorpos e das proteínas inflamatórias no corpo das pessoas infectadas.
Segundo ela, embora a Covid-19 seja uma doença respiratória infecciosa altamente contagiosa, nem todas as pessoas desenvolvem o quadro grave e alguns estudos apontam que a transição de um estado assintomático ou de sintomas leves para este quadro grave possa estar ligada à resposta imune individual de cada pessoa. É este um dos pontos que a pesquisa pretende atingir. Outro ponto importante diz respeito à imunização. “Apesar dos anticorpos específicos para a SARS-Cov-2 serem detectados em parte dos doentes, até o momento não se tem certeza de sua capacidade de proteção imunológica futura”, afirmou.
Os estudos acompanhem os pacientes por um período. “Estes estudos, com certeza trarão à luz da ciência informações confiáveis e dados imprescindíveis para entendimento do desenvolvimento da Covid-19 e de seu agravamento”, explicou a professora coordenadora do projeto da pesquisa, que obteve financiamento da empresa JBS Ltda para a execução do estudo.
A pesquisadora também afirma que o estudo poderá ajudar a direcionar, no futuro, as intervenções clínicas (os protocolos para tratamento dos doentes), além de identificar, de forma mais organizada e científica, as características da população brasileira diante da infecção, o que pode contribuir para o estabelecimento de políticas públicas de saúde relacionadas à Covid-19.
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