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Vacinados X Não vacinados

Pesquisa aponta mudança no perfil de hospitalizações e óbitos pela covid

Vacinação possibilitou a diminuição da taxa de mortalidade também em pessoas com comorbidades

• Atualizado

SBT News

Por SBT News

Imagem ilustrativa Foto: Pixabay
Imagem ilustrativa Foto: Pixabay

Um estudo realizado por pesquisadores da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp), no interior de São Paulo, mostrou que a vacinação contra a covid-19 mudou o perfil das hospitalizações e dos óbitos pela doença. Segundo a pesquisa, foram diminuídos os riscos de internações e a taxa de mortalidade pela doença mesmo em pacientes que apresentam comorbidades, como problemas de coração e diabetes.

Os dados foram coletados a partir de 2.777 pessoas que estavam hospitalizadas devido à covid-19 entre os dias 5 de janeiro e 12 de setembro de 2021. Elas foram divididas em dois grupos pelos pesquisadores, sendo vacinados e não vacinados. Informações como sexo, presença de comorbidades, sintomas apresentados e condutas clínicas adotada durante a internação também foram analisadas. 

Entre os 2.518 pacientes não imunizados, a idade média era de 51 anos e, destes, 71,5% apresentavam uma ou mais comorbidades, sendo as mais comuns cardiopatia, diabetes e obesidade. Entre os 259 hospitalizados que haviam recebido duas doses de vacina, a idade média era de 73 anos e 95% tinham doenças de base.

Na análise estatística, os fatores que se correlacionaram com risco aumentado de hospitalização e morte entre os não vacinados foram idade superior a 60 anos e a presença de uma ou mais das seguintes condições: cardiopatia, distúrbios no fígado ou neurológicos, diabetes, comprometimento imunológico e doença renal. Já entre os imunizados, somente idade acima de 60 anos e insuficiência renal se configuraram como preditores de mortalidade.

“O que a vacina mudou foi o perfil da mortalidade. Ao invés daquela mortalidade que nós tivemos no meio de 2020, onde atingia todas as faixas etárias e todas as comorbidades, a partir da vacina, essa mortalidade tende a ser maior apenas em idosos com insuficiência renal”, explicou o médico e virologista Maurício Lacerda Nogueira, professor da Famerp e um dos autores da pesquisa.

Segundo ele, o avanço da imunização é primordial, uma vez que muitos pacientes são internados para fazer uma cirurgia agendada ou por um trauma e acabam descobrindo que estão com a covid-19. Além disso, vários idosos com comorbidades são internados porque o vírus exacerba as doenças de base após certo estágio.

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