Nota técnica do Ministério da Saúde retira tabela antivacina

O Ministério da Saúde voltou atrás e editou a nota técnica que continha uma tabela antivacina, que comparava vacina com hidroxicloroquina. O documento, assinado pelo secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos do ministério da Saúde, Hélio Angotti Neto, gerou forte reação da comunidade científica.

O quadro traz, objetivamente, a pergunta se há estudos que comprovam a efetividade da hidroxicloroquina – medicamento defendido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) desde o início da pandemia. A resposta dada pelo ministério é “sim”. A mesma pergunta foi feita em relação à vacina. A resposta da nota é “não”. No quesito “se houve estudos que demonstram a segurança da hidroxicloroquina”, a resposta  foi “sim”. Já sobre a vacina, a indicação é de que “não”.  

O objetivo da nota técnica foi rejeitar um protocolo que contra indicava o uso do chamado “kit covid”. O protocolo foi aprovado pela Conitec, que é uma comissão formada por médicos e especialistas em saúde para auxiliar o ministério da Saúde na incorporação e exclusão de tecnologias, tratamentos, diretrizes e protocolos adotados no Sistema Único de Saúde (SUS).

Pelo novo documento, a exclusão do quadro foi feita porque determinados aspectos “ensejaram incorretas interpretações”, diz o texto. “Considerando que determinados aspectos da NOTA TÉCNICA Nº 2/2022-SCTIE/MS (0024896684) ensejaram incorretas interpretações, para fins de melhor esclarecimento e no intuito de promover maior clareza, opta-se por sua revisão procedendo-se a exclusão da Tabela intitulada “Tabela 1 ? Tecnologias em saúde propostas para COVID-19 e respectivas informações usualmente relevantes para suas eventuais recomendações”, que constava no item “4.17 Assimetria no rigor científico dedicado a diferentes tecnologias”, tornando sem efeito a NOTA TÉCNICA Nº 2/2022-SCTIE/MS”, diz a portaria.

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