Gripe e Covid-19 geram crescimento do número de funcionários afastados em empresas aéreas

O número de afastamentos de funcionários de empresas aéreas, por motivo de covid-19 e gripe, aumentou 405% em janeiro, em comparação com a média de todo o ano passado, segundo o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA). A azul é a mais atingida. Sem mão de obra, a companhia aérea teve que cancelar, só nesse sábado (8), 29 voos.

A fisioterapeuta Gisele Palermo foi passar férias no Rio de Janeiro com a família e não consegue voltar para casa, em Mato Grosso. “Ontem, nós recebemos a mensagem de que nosso voo tinha sido cancelado por ausência de tripulantes”, afirma.

Ela vai embarcar com um dia de atraso. Já a advogada Gabriela Bezerra terá que esperar até a próxima quinta-feira (13). “Estamos tomando um ‘chá de canseira’ aqui para tentar resolver”, pontua.

A Azul estima que 10% dos voos programados para este mês deverão ser afetados por causa da licença médica dos tripulantes. A companhia informou que os clientes estão sendo avisados sobre as alterações na viagem e acomodados em outras empresas aéreas e, ainda, recebendo toda a assistência necessária.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou que todas as medidas de segurança sanitária vêm sendo cumpridas desde o início da pandemia. Já as companhias aéreas dizem que todos os funcionários estão com o esquema vacinal em dia e, por isso, apresentam sintomas leves.

Preocupação, também, em terra firme. No Rio de Janeiro, com o avanço da variante ômicron, responsável por cerca de três mil novos casos de covid por dia, a prefeitura fez um apelo à população para que se vacine. No total, 800 mil pessoas estão com a dose de reforço atrasada na cidade. Muita gente aproveitou o dia chuvoso para se imunizar. Os postos de saúde ficaram lotados. “Cumpri o meu papel”, disse um popular. Outro, afirmou: “posso proteger minha família, me proteger e meus colegas de trabalho também”.

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