Força-tarefa interrompe culto com deputado Marco Feliciano no interior de São Paulo
O grupo informou a igreja com antecedência que faria a fiscalização no local para saber se as regras relacionadas ao combate do coronavírus seriam cumpridas
• Atualizado
Na noite do último sábado (1º), uma força-tarefa para coibir festas e aglomerações antecipou o fim do culto de uma igreja evangélica onde o deputado federal pastor Marco Feliciano (PSC) pregava, em Morro Agudo, no interior de São Paulo. No local, as regras de distanciamento social, por conta da pandemia do coronavírus, foram desrespeitadas. O SBT News obteve com exclusividade às informações da ação.
Há uma semana, uma chamada foi gravada e divulgada nas redes sociais pelo próprio deputado do PSC, convidando caravanas para estarem presentes no culto de inauguração da igreja. A força-tarefa é formada pela Polícia Civil, Policia Militar, Ministério Público, OAB, Guarda Civil e Vigilância Sanitária. O grupo informou a igreja com antecedência de que faria a fiscalização no local para saber se teria o cumprimento das orientações.
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No sábado à noite, foi constado excesso de pessoas, que estavam muito próximas, para além do limite de 30%. A advogada da organização religiosa, responsável pelo evento, recebeu auto lavrado devido aos problemas encontrados no local e o culto teve de ser encerrado em 20 minutos após a chegada da força-tarefa.
“Apesar do descumprimento inicial, nós fomos bem recebidos pelas pessoas que compreenderam a situação e cumpriram aquilo que foi pedido naquele momento para dissipar a aglomeração. Foram extremamente educados e receptivos e na medida do possível foi feito o encerramento do culto”, conta ao SBT News um integrante da força-tarefa que prefere não se identificar.
O representante da igreja onde aconteceu o culto disse que o deputado pregou bem e que o embargo não aconteceu. “O pastor e deputado pregou muito bem. Terminou a pregação, terminamos o culto e graças a Deus sem nenhuma novidade. Se teve embargo foi em outra igreja não na nossa”, diz o pastor-presidente Felippe Santos, líder da igreja Assembleia de Deus Leão de Israel.
O deputado federal Marco Feliciano disse ao SBT News que não procede “a informação”. “O culto não foi embargado. Houve recomendações para o acontecimento do culto, e tudo ocorreu como mandam as normas da vigilância. Distanciamento entre os presentes, uso de álcool gel, máscaras e medidor de temperatura na entrada da igreja, incluindo o horário reduzido como acontece em todo o estado de São Paulo. O culto foi uma benção.”
Durante a força-tarefa várias festas clandestinas em chácaras alugadas também foram interrompidas. Segundo o protocolo sanitário vigente para reuniões em igrejas e em locais públicos, o nível de ocupação máxima em locais fechados deve ser de até 30%, os ambientes devem ter aferição de temperatura antes da entrada, fornecimento de álcool em gel e uso obrigatório de máscara.
Além disso, a determinação recomenda o distanciamento de 1,5 metro entre as pessoas dentro do ambiente, horários espaçados para evitar aglomerações na entrada e saída, ventilação adequada, evitar rituais que envolvem toques e compartilhamento de objetos e até a suspensão de coros devido ao alto potencial de contaminação.
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