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Estudo investiga se vacina BCG pode ajudar no tratamento da Covid-19

Com participação do Brasil, a pesquisa explora a resposta imune às vacinas específicas contra a doença em profissionais de saúde do país

• Atualizado

SBT News

Por SBT News

Foto: Freepik (banco de imagens)
Foto: Freepik (banco de imagens)

O Instituto de Pesquisa Infantil Murdoch (MCRI), na Austrália, lidera um estudo que investiga as possibilidades de prever quem permanece suscetível às variantes da covid-19, mesmo após ter sido vacinado ou já ter contraído o vírus.

Com participação do Brasil, a pesquisa explora a resposta imune às vacinas específicas contra a doença em profissionais de saúde do país. O objetivo é encontrar biomarcadores que indiquem se alguém está realmente protegido ou se permanece em risco de ser infectado se exposto a uma variante do Sars-CoV-2.

“Com o surgimento de novas variantes, para as quais as respostas imunes induzidas por vacinas e naturais podem não ser tão eficazes, há preocupação de que a imunidade do rebanho possa ser prejudicada. Se isso acontecer, o Sars-CoV-2 continuará se espalhando e causando doenças”, disse o professor Nigel Curtis, chefe do Grupo de Pesquisa de Doenças Infecciosas do MCRI.

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A pesquisa, que recebeu financiamento filantrópico da Fundação Bill & Melinda Gates, é um subestudo do ensaio clínico Brace e tem a participação da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O estudo está avaliando se a vacina BCG (bacilo de Calmette-Guérin), responsável pela prevenção da tuberculose, pode contribuir na proteção contra a covid-19.

Profissionais de saúde do Brasil começam a testar vacina BCG contra a covid-19

Estudo com a BCG

A pesquisa do Brace com a vacina BCG, que teve início em março do ano passado, está na fase 3 e envolve cerca de 6,8 mil voluntários – todos profissionais da saúde que atuam na linha de frente no Brasil, Reino Unido, Espanha, Holanda e Austrália. A iniciativa tem o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS).

No Brasil, os testes clínicos começaram em outubro e já reuniram cerca de 2.400 voluntários. O acompanhamento dos participantes acontece a cada 3, 6 e 12 meses, por meio de coletas de sangue e recolhimento de dados através de chamadas telefônicas e do aplicativo personalizado pertencente ao estudo.

De acordo com os pesquisadores, outros estudos apontam que a vacina BCG é eficiente contra outras infecções respiratórias e alergias, além da tuberculose. Pesquisas realizadas no ano passado apresentaram uma menor mortalidade por covid-19 em países que possuem grande cobertura do imunizante.

A BCG é uma vacina de rotina aplicada em recém-nascidos, mas que pode ser tomada até os quatro anos de idade. Ela é obrigatória no Brasil desde 1976 e está disponível de graça no Sistema Único de Saúde (SUS).


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