Em meio à pandemia, até o Papai Noel precisou se adaptar ao mundo virtual
Neste ano de 2020, não vai ter colo, abraço apertado e nem beijinho do Papai Noel.
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Neste ano de 2020, a tradição de Natal está precisando ser um pouco diferente. Não vai ter colo, abraço apertado e nem beijinho do Papai Noel. Em tempos de pandemia de coronavírus, até o “bom velhinho” precisou se adaptar às mudanças e restrições impostas, mesmo que contragosto. Afinal, o Papai Noel faz parte do grupo de risco.
Em Santa Catarina, alguns shoppings decidiram abrir as portas do Polo Norte para poder continuar atendendo aos pedidos das crianças, tudo através de uma ligação de vídeo ao vivo. O Papai Noel fica em um estúdio dentro do shopping e a criança conversa com ele pelo “Portal do Noel”, uma tela gigante inserida em um cenário que retrata a casa do Noel.
“O momento é de reforçar a confiança que o consumidor tem nos shoppings e recebê-lo com segurança para realizar suas compras, seguindo todas as medidas de segurança”, afirma Rafael Fiedler, diretor de marketing corporativo da Almeida Junior.
Em Joinville:
Edson Kolosque da Conceição é Papai Noel há 10 anos, mas também atua como professor de história do ensino médio. “Meus alunos adoram me ver de Papai Noel”, afirma animado.
Para ele, é possível divertir as crianças com as ligações, pois já estão acostumadas com as aulas virtuais.
Em Criciúma:
Dentre os pedidos especiais das crianças, uma menina emocionou o Papai Noel João Batista Goulart. Goulart é Noel há oito anos, desde que se aposentou como mineiro de carvão.
“A menina pediu para que a doença (Covid-19) acabasse e me perguntou se eu poderia dar um abraço, o qual não pude dar. Respondi que o pedido eu poderia fazer para Deus, mas o abraço teria que deixar para outro dia”, falou emocionado.
Em Florianópolis:
Há seis anos Papai Noel, o manezinho Douglas Sartorato diz sentir muita falta de brincar e abraçar as crianças ao vivo. Mesmo com a mudança radical, Sartorato afirma que já está conseguindo se acostumar com a forma virtual de conversar, mesmo com algumas barreiras da conversa digital.
“Eu quero continuar sendo Papai Noel até eu morrer”, almeja o ex-funcionário público.
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