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Durante a pandemia, número de crianças que não sabem ler aumentou 65%, diz estudo

Informação é da organização Todos pela Educação, divulgado nesta terça-feira (8)

• Atualizado

SBT News

Por SBT News

Alfabetização das crianças deve ser realizada durante os dois primeiros anos do Ensino Fundamental | Agência Brasil
Alfabetização das crianças deve ser realizada durante os dois primeiros anos do Ensino Fundamental | Agência Brasil

O número de crianças brasileiras que não sabem ler aumentou 65,6% durante o período de pandemia da Covid-19. De acordo com o levantamento da organização Todos pela Educação, divulgado nesta terça-feira (8), 40,8% dos pequenos entre seis e sete anos não sabiam ler ou escrever em 2021, totalizando 2,367 milhões de crianças não alfabetizadas, ante 1,429 milhão em 2019.

O documento aponta para uma forte desigualdade social e étnica. Ao todo, 47,4% das crianças pretas não estão plenamente alfabetizadas, enquanto entre as pardas o índice é de 44,5%. O número de crianças brancas, por sua vez, é de 35,1%.

Já em relação aos domicílios avaliados, os dados concluem que há 16,6% crianças não alfabetizadas em residências mais ricas e 51% entre as pobres.

Fonte: IBGE/Pnad Contínua | Reprodução/Todos Pela Educação.

“Os efeitos são graves e profundos, então não serão superados com ações pontuais. As Secretarias de Educação precisam oferecer um apoio muito bem estruturado à gestão escolar e aos professores, que já estão com imensos desafios”, destacou o líder de políticas educacionais da Todos Pela Educação, Gabriel Corrêa, em comunicado divulgado à imprensa.

Segundo ele, a suspensão das aulas presenciais durante a pandemia fez com que muitos alunos enfrentassem dificuldades com o aprendizado virtual, o que impactou diretamente no desempenho escolar. 

A não-alfabetização dos jovens em idade adequada, geralmente nos dois primeiros anos do Ensino Fundamental, pode trazer prejuízos para aprendizagens futuras e aumenta os riscos de reprovação, abandono ou evasão escolar.

“Não adianta deixarmos toda a responsabilidade disso com os Municípios, só porque ofertam a grande maioria das matrículas dos primeiros anos do Ensino Fundamental. Os governos estaduais e o governo federal não podem se omitir”, afirmou Corrêa.

“A tragédia na alfabetização não pode ficar invisível. É fundamental que esse tema ganhe a devida prioridade na agenda dos nossos governantes”, completou.

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