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Imunizante

Dose de reforço da Pfizer aumenta anticorpos em até 25 vezes

Estudo realizado pela Unifesp avaliou participantes que haviam recebido duas doses de Coronavac

• Atualizado

SBT News

Por SBT News

Imagem Ilustrativa. Foto: Ricardo Wolffenbüttel | Secom
Imagem Ilustrativa. Foto: Ricardo Wolffenbüttel | Secom

Um estudo conduzido na Escola Paulista de Medicina, da Universidade Federal de São Paulo (EPM-Unifesp), mostrou que a dose de reforço da vacina contra a covid-19 da Pfizer pode aumentar em até 25 vezes a produção de anticorpos. A pesquisa, publicada no Journal of Infection, foi baseada no ciclo vacinal completo – duas doses – com o imunizante da CoronaVac, produzido pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica Sinovac.

Segundo os cientistas, foram colhidas amostras de sangue de 48 voluntários em cinco momentos: antes da vacinação; 28 dias após a primeira dose; 14 dias depois da segunda, 75 dias depois da segunda dose e 14 dias após o reforço da terceira. Posteriormente, foram feitos testes clínicos para IgG (que determina a presença e quantidade de anticorpos no organismo), com avaliação de anticorpos neutralizantes, capazes de impedir a infecção, e das respostas celulares.

No grupo imunizado com CoronaVac e reforço de Pfizer, os valores médios de IgG aumentaram de 19,8 BAU/ml (unidades de anticorpos ligantes por mililitro de sangue), após a primeira dose, para 429 BAU/ml com a segunda. Valores iguais ou acima de 35,2 BAU/ml são considerados positivos.

Essa proteção diminuiu significativamente nas dez semanas seguintes, caindo para 115,7 BAU/ml. Após o reforço, no entanto, a concentração de IgG voltou a subir, crescendo 25 vezes e atingindo 2.843 BAU/ml. Em relação aos níveis de anticorpos neutralizantes, houve aumento de 23,5%, no intervalo da segunda dose, para 99,3% depois do reforço.

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Já entre os imunizados com a vacina da AstraZeneca e a terceira dose de Pfizer, as respostas medianas de IgG aumentaram de 86,8 BAU/ml para 648,9 BAU/ml durante as duas primeiras aplicações. Depois, caíram para 390,9 BAU/ml. Mas, com a dose de reforço, subiram sete vezes para 2.799,2 BAU/ml. Já os níveis de anticorpos neutralizantes cresceram de 63,2% para 98,9%.

“É possível ver que mesmo com a redução da imunidade no período pós segunda dose ainda há uma resposta celular relevante contra os antígenos do coronavírus. No entanto, o interessante é que, após a terceira dose, os dois grupos tiveram aumento significativo tanto da resposta celular como da humoral [de anticorpos]. Isso foi algo que nos impressionou, indicando uma boa resposta nos dois grupos”, disse o professor do Departamento de Bioquímica da EPM-Unifesp e autor correspondente do artigo, Alexandre Keiji Tashima, à Agência Fapesp.

Conforme os pesquisadores, alguns voluntários que participaram do estudo foram contaminados pela variante ômicron após o reforço da vacinação. Eles trabalham agora em uma nova etapa de coleta de sangue dessas pessoas para analisar eventuais impactos da variante, que no início de janeiro respondeu por 97% dos casos de covid-19 no Brasil.

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