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Até em crianças

Covid longa pode afetar mais de 25% das crianças e adolescentes infectadas

Pesquisadores identificaram mais de 40 efeitos de longo prazo associados à covid-19 na população pediátrica

• Atualizado

SBT News

Por SBT News

Imagem ilustrativa | Foto: Pixabay
Imagem ilustrativa | Foto: Pixabay

Um estudo realizado em conjunto por universidades dos Estados Unidos, México e Suécia apontou que mais de 25% das crianças e adolescentes infectados pelo SARS-CoV-2 desenvolvem a covid longa. Segundo a pesquisa, as manifestações mais comuns mesmo após um mês da infecção foram fadiga e mudanças de humor, como tensão, ansiedade e depressão.

Os pesquisadores revisaram 68 artigos sobre covid-19 longa em crianças e adolescentes e incluíram na análise 21 trabalhos com dados de 80.071 indivíduos acometidos pela doença. Foram identificados mais de 40 efeitos de longo prazo associados à covid-19 na população pediátrica.

A prevalência da condição foi de 25,2% – entre as crianças hospitalizadas, a porcentagem chegou a 29,2%. As manifestações mais comuns foram sintomas de humor, como tensão, ansiedade e depressão (16,5%), fadiga (9,6%), distúrbios do sono (8,4%), dor de cabeça (7,8%), problemas respiratórios (7,6%) e sintomas cognitivos, como falta de concentração, confusão e perda de memória (6,2%).

Em comparação aos controles, as crianças infectadas pelo SARS-CoV-2 tinham um risco mais alto de desenvolver falta de ar, perda de paladar, perda de olfato e febre. O grupo controle incluiu dados de crianças com outras infecções, como resfriado e gastroenterite, crianças com testes de anticorpos negativos contra a covid-19 e crianças sintomáticas que testaram negativo.

“Essas meta-análises fornecem uma visão geral da ampla sintomatologia da covid longa no público infantil, o que pode ajudar a melhorar o gerenciamento de programas de reabilitação e o desenvolvimento de diretrizes e terapias para a condição”, dizem os autores no artigo.

Semelhante aos adultos, algumas características na população pediátrica foram consideradas fatores de risco para o desenvolvimento da condição, sendo idade mais avançada, ser do sexo feminino, ter tido a forma grave da doença, obesidade, alergias e outras comorbidades.

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