Covid-19: OMS pede que países doem vacinas em vez de imunizar crianças
Diretor-geral da entidade disse que há uma distorção no acesso aos imunizantes
• Atualizado
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, fez um apelo nesta terça-feira (14) para que países ricos não vacinem crianças e adolescentes contra a Covid-19 neste momento e enviem doses ao consórcio Covax Facility, criado pela entidade com o objetivo de promover uma distribuição justa e igualitária dos imunizantes na pandemia.
“Eu entendo porque alguns países querem vacinar suas crianças e adolescentes, mas agora eu os exorto a reconsiderar e, em vez disso, doar vacinas para o Covax”, falou Tedros em discurso de abertura de uma entrevista coletiva. Se referindo aos profissionais da saúde, ele disse também que “o fato de tantos ainda não estarem protegidos é um triste reflexo da grande distorção no acesso às vacinas em todo o mundo”.
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Na visão do diretor, está em curso uma “catástrofe moral”. “Em países de renda baixa e média, o suprimento de vacinas não tem sido suficiente nem mesmo para imunizar os profissionais de saúde e cuidadores, e os hospitais estão sendo inundados com pessoas que precisam urgentemente de cuidados que salvam vidas”, acrescentou.
De acordo com a OMS, apenas 0,3% dos imunizantes contra Covid-19 distribuídos no mundo tem como destino os países pobres. Na última segunda-feira (10), a agência sanitária dos Estados Unidos liberou o uso emergencial do imunizante da Pfizer/BioNTech para adolescentes entre 12 e 15 anos.
Tedros utilizou o discurso ainda para citar os picos de casos em países como a Ínida e alertar que o segundo ano da pandemia deverá mais letal do que o primeiro.
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