Coronavírus Compartilhar
Folia Carioca

Comitê científico do Rio indica que Carnaval 2022 seja sem restrições

Cobertura vacinal e baixo número de casos de covid-19 compõem a decisão dos especialistas para a folia

• Atualizado

Redação

Por Redação

SBT News\Divulgação
SBT News\Divulgação

Ainda em meio às incertezas da pandemia no Brasil, o Comitê Científico de Enfrentamento à Covid-19 (CEEC) recomendou, no início desta semana, que a prefeitura do Rio de Janeiro não estabeleça restrições no Carnaval de 2022. Para os cientistas que compõem o grupo, o festejo pode ser realizado sem restrições caso as condições atuais se mantenham até fevereiro.

“O comitê, fundamentado no cenário epidemiológico favorável (número de casos, número de casos internados, porcentagem de positividade de testes), com 80% de cobertura vacinal atual, na análise dos dados de todos os eventos com aglomeração no país e no Rio de Janeiro, e sustentado pelas evidências científicas disponíveis, recomenda que não se estabeleça, nesse momento, nenhuma restrição à realização do carnaval carioca”, diz o documento da reunião.

A decisão, no entanto, não desobriga o cumprimento das medidas sanitárias já estipuladas para conter a disseminação do vírus. Caso o carnaval fosse hoje, por exemplo, a apresentação do passaporte de vacinação seria obrigatória para desfilantes e público entrar na Marquês de Sapucaí. Para o prefeito Eduardo Paes (PSD), o protocolo para a festa de rua é que precisa de uma “análise mais detalhada porque não há controle de quem participa da celebração”. Pelas redes sociais, o prefeito já garantiu os desfiles no estádio.

>> Para mais notícias, siga o SCC10 no TwitterInstagram e Facebook.

“Marquês de Sapucaí nada mais é do que o estádio do samba”, disse Paes. “Havendo a possibilidade, como há neste momento e acontece semanalmente, de realização de jogos de futebol com os controles já previstos nas normas estabelecidas pela prefeitura, não há qualquer motivo para não garantirmos que o carnaval da Marquês de Sapucaí seja realizado”, completou, ressaltando a importância das regras sanitárias serem mantidas durante a folia.

Em entrevista ao Agenda do Poder, o infectologista Hemerson Luz reforçou que a liberação das atividades carnavalescas devem estar de acordo com o cenário epidemiológico do país, já que o período resulta em uma maior demanda de viagens. “Todos os cuidados são necessários. Essa é uma discussão que ainda pode se estender até meados de janeiro para ver o comportamento da doença. Agora temos que exigir cautela”, disse Luz, se referindo a variante ômicron da covid-19, que foi descoberta no final de novembro no sul da África e classificada como cepa de preocupação pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

“A ômicron está se mostrando uma doença que tem uma transmissibilidade maior, mas com uma letalidade menor, ou seja, o número de mortes está baixo em comparação às outras variantes. No entanto, mesmo que seja 0,1 da letalidade, como a gripe, por exemplo, alguém vai a óbito se a doença se espalhar”, explicou. “Hoje, de estratégia, nós recomendamos uma terceira dose da vacina e uma quarta dose para imunossuprimidos para aumentar o número de anticorpos.”

Quer receber notícias no seu whatsapp?

EU QUERO

Ao entrar você esta ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.

Fale Conosco
Receba NOTÍCIAS
Posso Ajudar? ×

    Este site é protegido por reCAPTCHA e Google
    Política de Privacidade e Termos de Serviço se aplicam.