Área técnica da Anvisa recomenda aprovar o uso emergencial da Coronavac e da vacina de Oxford
Os cinco diretores da agência ainda vão votar se aprovam o uso das vacinas. A área técnica recomendou ainda o monitoramento das "incertezas e reavaliação periódica" dos dados de ambas.
• Atualizado
A área técnica da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou neste domingo, 17, a aprovação do uso emergencial de 2 milhões de doses da vacina de Oxford/AstraZeneca contra a covid-19 que o governo federal ainda tenta importar da Índia.
Os cinco diretores da agência ainda vão votar se aprovam o uso da vacina. A área técnica recomendou ainda o monitoramento das “incertezas e reavaliação periódica” dos dados da vacina.
Coronavac
Pouco antes, também neste domingo, a área técnica da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou a aprovação do uso emergencial da Coronavac, vacina contra a covid-19 desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac que será distribuída no Brasil pelo Instituto Butantã.
Os cinco diretores da agência ainda vão votar se aprovam o uso da vacina. A área técnica recomendou ainda o monitoramento das “incertezas e reavaliação periódica” dos dados da vacina. A Anvisa já marcou uma inspeção de “boas práticas clínicas”, em 25 de janeiro, para avaliar dados pendentes sobre a vacina.
O gerente-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, Gustavo Mendes, listou algumas “incertezas” sobre a vacina, mas disse que recomenda o uso devido à pandemia, aumento de casos e ausência de terapia contra a covid-19. Ele afirmou, porém, que os dados entregues pelo Butantã não permitem avaliar a eficácia e segurança da vacina no longo prazo, e sobre o poder do imunizante para proteger idosos.
Além disso, os dados não permitem conclusões sobre “desfechos secundários” da vacina, como a proteção de casos leves (que exigem ida ao médico) e graves e moderados (que podem levar à internação).
A eficácia geral da vacina é de 50,39%, segundo a Anvisa. O Butantã ainda aponta redução de 78% de casos leves, mas a agência afirma que não há dados para essa alegação.
O uso emergencial das vacinas pode ser autorizado mesmo com estudos em andamento. A premissa é de que o risco-benefício seja favorável.
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