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Alerta: OMS diz que ômicron pode deixar sistemas hospitalares à beira do colapso

Países europeus registraram recorde de casos; organização pede que Brasil se prepare para evitar cenário

• Atualizado

SBT News

Por SBT News

Recomendação foi publicada nesta terça-feira (08) Foto: Reprodução/Freepik
Recomendação foi publicada nesta terça-feira (08) Foto: Reprodução/Freepik

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que a nova disparada de casos de covid-19 provocada principalmente pela variante Ômicron, pode deixar os sistemas hospitalares de todo o planeta à beira do colapso.

Na Europa, o número de infecções continua atingindo patamares nunca vistos. A cada segundo, dois casos são confirmados na França. Os 208 mil diagnósticos desta quarta-feira (29) foram um recorde no desde o início da pandemia.

Foi o dia com mais infecções também na Grécia (21.657), Portugal (26.867) e Reino Unido (183.037). Entre os britânicos, o número de hospitalizações também cresceu, mas em proporção menor que o índice de contaminados.

“Estou muito preocupado que a Ômicron circulando junto com a Delta provoque um tsunami de casos”, disse o secretário-geral da OMS, Tedros Adhanom.

Nesta quarta-feira (29), o parlamento francês começou a discutir um projeto de lei que poderá proibir a presença de não vacinados em bares, estádios e outros espaços públicos. Para cada milhão de franceses, apenas dez entre os que estão plenamente vacinados acabam internados. Entre os não vacinados, são 176.

Já está claro que as chances de hospitalização e morte são muito maiores pra quem não está imunizado. Mas neste grupo também podem entrar aqueles vacinados mais vulneráveis, como os mais idosos. Durante o Natal, muitos tiveram contato com essa nova variante, que, até então, circulava principalmente entre os mais jovens. O que vai acontecer daqui para frente é uma pergunta difícil para qual a ciência ainda não tem resposta clara.

Em conversa com o SBT, o professor Lawrence Young, da universidade de Warwick, lembra que os mais velhos foram os primeiros a receber a dose de reforço e que essa proteção, especialmente nesse público, tende a diminuir.

“Nós estamos começando a ver o aumento no número de hospitalizações. O que não sabemos é o que vai acontecer quando a Ômicron se espalhar entre os mais velhos, esse é o problema. Mesmo aqueles que já tiveram a dose de reforço, podem estar vulneráveis”, disse.

“Pessoas mais velhas que receberam a dose de reforço, a proteção delas já está diminuindo. Essas pessoas foram as primeiras a receber a dose de reforço. Essa onda só agora vai chegar aos mais velhos…”, acrescentou.

Em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (29), a OMS ainda mandou um novo recado ao Brasil.

“Vimos a falta de oxigênio e de camas. Tudo isso pode ser evitado”, alertou o doutor Michael Ryan, diretor-executivo da organização, lembrando que é melhor estar preparado do que ser surpreendido.

Mais uma vez, o Brasil vê em outros países uma crise que poderá ter que enfrentar a qualquer momento.

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