Sarampo: uma doença do passado mas que está retornando
A única forma de prevenção é a vacina, que está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS).
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O sarampo é umas das doenças mais contagiosas do mundo, e por muitos anos o número de casos vinha caindo, a doença chegou a ser erradicada em 2016, porém retornou aos registros oficiais em 2019. O que levou aos recentes surtos da doença?
A SES afirmou que a pandemia da Covid-19 interferiu sim no retorno de casos da doença. Desde que o sarampo voltou a preocupar, mais de 40 mil pacientes e 40 mortes foram causadas pela queda da vacinação, sendo que mais da metade das vítimas foram crianças abaixo de cinco anos.
A única forma de prevenção é a vacina, que está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), e deve ser aplicada por meio de duas doses a partir do primeiro ano de vida da crianças. A Secretaria de Saúde de São Paulo publicou em uma nota afirmando que a taxa de transmissão caiu durante o isolamento social ocasionado pela pandemia da Covid-19, mas, ao mesmo tempo, a taxa de vacinação sofreu uma grave queda durante este período.
No entanto, o impacto da pandemia foi evidente na vacinação de rotina com diminuição considerável nas coberturas vacinais da primeira e a segunda doses da vacina com o componente do sarampo e de ações suplementares de vacinação em vários países, que proporcionou um número maior de crianças suscetíveis em 2020 comparado a 2019.
O que é sarampo
Sarampo é uma doença causada por um vírus altamente contagioso, transmitido nas gotículas espalhadas por tosses, espirros ou por contato direto. O vírus pode ficar no ar ou em superfícies por horas.
Quais são os sinais e sintomas
O sarampo normalmente começa com febre, mal-estar, irritação nos olhos e tosse, seguidos por um aumento na temperatura do corpo e manchas vermelhas na pele. Na sua forma mais leve o sarampo faz as crianças se sentirem muito mal, com uma recuperação, aproximadamente em sete ou dez dias – mas é comum que haja complicações como: infecções no ouvido, convulsões, diarréia, pneumonia e inflamação no cérebro. A doença é mais grave em jovens, em adultos e em pessoas com problemas no sistema imunológico podendo ocasionar pneumonia bacteriana, manifestações neurológicas raras ou doenças cardíacas. O sarampo pode deixar sequelas para toda vida e até mesmo levar ao óbito.
Os especialistas são categóricos. Para eles, a única forma de manter as doenças erradicadas em um país é mantendo os níveis de vacinação altos. Segundo o infectologista, Isabella Ballalai é quase impossível imunizar 100% da população, mas o índice de 95% é extremamente satisfatório. A melhor e mais eficiente forma de prevenção é a vacina. “Por isso, a principal recomendação para os pais é a vacinação, a fim de ajudar a elevar as taxas de vacinação” orienta a infectologista.
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