Dolmar Frizon

É colaborador da Fecoagro e editor-chefe do programa Cooperativismo em Notícia, veiculado pelo SCC SBT. Foi repórter esportivo por 22 anos.


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Dolmar Frizon

Um selo com a cara do produtor brasileiro

O selo arte é voltado apenas para produtos regionais da cadeia de proteína animal.

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Foto: Ricardo Wolffenbuttel/ SECOM / Divulgação
Foto: Ricardo Wolffenbuttel/ SECOM / Divulgação

O meio rural brasileiro é um lugar incrível, podem acreditar. Além de gente bacana, instruída, amorosa, de bom trato, o que mais chama atenção são os alimentos produzidos ali, artesanalmente. Um mais saboroso que o outro. Porque eles carregam a generosidade de pessoas admiráveis. Quem nunca experimentou um queijo artesanal ou aquele salame italiano delicioso. Ou ainda aquela copa armazenada por meses, que chega a dar água da boca? Pois é, agora muitos desses alimentos, que a gente saboreia na varanda de casa, vão poder ser comercializados também.

Uma lei nacional, criada em junho de 2018, promoveu a adequação nos processos de fiscalização de produtos de origem animal, feitos de forma artesanal, desde que submetidos à fiscalização sanitária de cada estado. A lei permite ainda que esses produtos recebam um selo da inspeção oficial, com a indicação de ARTE. Nesses processos vão constar as boas práticas de fabricação e as boas práticas agropecuárias, requisitos indispensáveis para a obtenção do selo.

Bom Retiro

Foto: Ricardo Wolffenbuttel/ SECOM / Divulgação

Em Santa Catarina o seu Air Agostinho Zanelatto, lá de Bom Retiro, proprietário da Queijaria Santo Antônio, foi o primeiro a receber esse certificado. O projeto da queijaria, que iniciou em 2006, teve a sua ampliação em 2017, mas só agora recebeu o registro de inspeção municipal. A capacidade de produção do estabelecimento foi dimensionada de acordo com o tempo de maturação dos queijos. Não bastassem todos os regramentos sanitários que a propriedade dos Zanelatto possui, ela também é considerada zona livre de brucelose e de tuberculose. Quer dizer: todos os animais do plantel são absolutamente saudáveis.

Foto: Ricardo Wolffenbuttel/ SECOM / Divulgação

Para a CIDASC, que coordena esse processo, o selo arte vai abrir muitos mercados. Basta que o produtor catarinense siga as orientações sanitárias. É bom reforçar que o selo arte é voltado apenas para produtos regionais da cadeia de proteína animal. Como Santa Catarina é referência mundial em sanidade, a CIDASC espera que mais produtores possam aderir. Então quando você for comprar um produto que tenha o selo arte, saiba que nele há a dedicação de muita gente honesta.  

Foto: Ricardo Wolffenbuttel/ SECOM / Divulgação

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