Sol Urrutia

Primeira mulher comentarista política do grupo SCC SBT/SCC10. Jornalista especializada em gestão de comunicação pública e privada. Atua em comunicação política e eleitoral desde 2002.


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Uma greve que penaliza toda a cidade

O descontentamento da categoria é justo, mas a medida, que compromete os serviços públicos, prejudica toda a população da cidade

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Foto: Sintrasem/Divulgação
Foto: Sintrasem/Divulgação

No mesmo dia em que a Prefeitura da Capital enviou a proposta da Reforma da Previdência para a Câmara dos Vereadores, o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (Sintrasem) anunciou a greve dos servidores. 

O descontentamento da categoria é justo, mas a medida, que compromete os serviços públicos, prejudica toda a população da cidade.

O presidente da Câmara, vereador João Cobalchini (MDB) disse ontem para a coluna que o legislativo está aberto para o diálogo e que a tramitação vai seguir o rito nas comissões e plenário, permitindo e ampliando o debate sobre a pauta. “Como presidente é claro vou dar total acesso ao debate da matéria“, disse.

Esse deve ser o foco do Sintrasem: promover o diálogo e defender os ajustes e medidas que considere necessários para a categoria, junto à Prefeitura e aos vereadores. Dar voz a seus anseios e lutar pela causa. A greve deve ser a última opção.

Ainda na quarta-feira, 12, quando foi deflagrada a greve, a CDL Florianópolis emitiu nota defendendo também o debate mas questionando a medida e seus prejuízos para a cidade. “Evidentemente o debate é legítimo e há de ser enfrentado pelas vias democraticamente estabelecidas, sem que isso acarrete prejuízos adicionais à sociedade em meio a um cenário econômico deveras desafiador”, disse.

O sindicato alega que o projeto aumenta o tempo de serviço de contribuição, além de impactar a aposentadoria especial e taxar aposentados e diz que: “A greve é uma resposta firme ao prefeito que iniciou seu segundo mandato mostrando que investir no serviço público não será sua prioridade.

De acordo com a prefeitura, atualmente são mais de 4 mil servidores inativos e pensionistas, sendo que 1830 contribuem, com o novo teto previsto pela reforma, serão 3447.

A cidade não pode adiar a reforma, sob o risco de inviabilizar investimentos e não conseguir honrar o futuro dos servidores inativos. O rombo já existe e ultrapassa 8 bilhões. A conta não é só do atual prefeito, mas também das gestões anteriores que não estiveram dispostas a enfrentar o problema.

A solução não pode esperar e a cidade não pode pagar a conta.

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