Para as mulheres da política catarinense
Um evento da Fecam discutiu nesta quarta-feira (12) o protagonismo das mulheres nos municípios
• Atualizado
O dia de ontem foi um dia triste para muitas mulheres que participam da política catarinense nas suas mais diversas possibilidades.
Fomos dolorosamente surpreendidas com a notícia do falecimento do jovem Marco Aurélio Becher Filho, filho da ex-prefeita de Vargem e ex-presidente da Fecam, Milena Lopes.
Muitas prefeitas, vereadoras, secretarias municipais e outras lideranças femininas de diversas regiões do estado souberam da notícia durante um evento promovido pela Fecam, na cidade de Lages, onde discutia-se o protagonismo das mulheres nos municípios.
Mães, esposas, filhas, amigas que não só ontem, mas que diariamente, abdicam da família, do lazer e de seus lares para participar da política. Um ambiente que não nasceu para as mulheres, mas que insistimos em desbravar.
A dor de Milena, mesmo para quem como eu não a conhece intimamente, chegou até o auditório da Uniplac, onde foi realizado o encontro.
Ainda durante o evento, a presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/SC), desembargadora Maria do Rocio Luz Santa Ritta, encerrava sua palestra pedindo desculpas, pois teria que deixar o local. Sua mãe Marylda Luz Santa Rita acabara de falecer.
Vale a pena estar aqui? Estar na política enquanto os nossos estão distantes? Perguntei às prefeitas reeleitas de Antítapolis, Solange Back e de Sombrio, Gislaine Cunha, durante um dos painéis.
“Vale sim. Mesmo diante de toda a dificuldade que vivemos na política, vale a pena participar, contribuir e transformar a vida das pessoas”, afirmou Gislaine.
Somos ainda resultado de uma sociedade patriarcal e como perfeitamente a prefeita Solange disse: “para uma mulher entrar na política, um homem precisa sair”.
Ainda é preciso vencer barreiras, externas e internas. Já estivemos mais longe. A caminhada é a passos lentos e exige entrega, superação e união.
A jornada, conforme ouvimos da prefeita de Lages e vice-presidente da Fecam, Carmen Zanotto, é longa e desafiadora, porém compensadora.
Neste texto, fiz questão de não registrar os partidos políticos das mulheres citadas, porque hoje isso pouco importa. Todas estão unidas em uma mensagem única de solidariedade e carinho para Milena e Maria do Rocio.
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