Deputado catarinense protocola CPI para investigar rombo dos Correios
A iniciativa tem como objetivo investigar possíveis irregularidades na gestão da estatal, que registrou um déficit de R$ 3,2 bilhões em 2024
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Deputado catarinense de oposição ao governo federal, Zé Trovão (PL), e os deputados do Rio Grande do Sul, Zucco (PL) e de São Paulo, Delegado Paulo Bilynskyj (PL) protocolaram nesta segunda-feira, 3, um pedido para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios.
A iniciativa tem como objetivo investigar possíveis irregularidades na gestão da estatal, que registrou um déficit de R$ 3,2 bilhões em 2024.
Na sexta-feira, 31, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu explicações ao presidente dos Correios, Fabiano Silva dos Santos, sobre o rombo nas contas da estatal, durante uma reunião no Palácio do Planalto.
Silva argumentou que os números não são finais e que os dados referentes a lucros e prejuízos das estatais serão divulgados entre março e abril.
Para que a CPI seja instaurada, é necessário o apoio de pelo menos 171 deputados, conforme prevê o regimento da Câmara dos Deputados. Caso atinja esse número, a comissão será composta por 27 membros titulares e 27 suplentes, e terá um prazo inicial de 120 dias para conduzir as investigações, podendo ser prorrogado por igual período.
De acordo com as informações divulgadas pela assessoria de Zé Trovão, o requerimento destaca que os Correios fecharam 2024 com um rombo bilionário, sendo responsáveis por 50% do déficit total das estatais federais, que somaram R$ 8,07 bilhões no ano passado.
O documento aponta a necessidade de uma investigação detalhada para apurar possíveis práticas de má gestão, desvios de recursos públicos e fraudes contratuais.
A CPI, segundo o deputado, buscará identificar responsáveis pela crise financeira da estatal, avaliar a execução de contratos e licitações, e propor medidas de reestruturação administrativa para garantir a sustentabilidade da empresa.
“O papel da CPI será garantir transparência na gestão da estatal e impedir que o prejuízo crescente dos Correios resulte em um impacto ainda maior para as contas públicas e para os serviços prestados à população”, explica.
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