Zema vê potencial na candidatura de Adriano Silva ao governo de SC
Governador Mineiro participou do evento em Florianópolis, que lançou o deputado Gilson Marques ao Senado
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O governador de Minas, Gerais Romeu Zema (Novo), declarou, ao cumprir agenda partidária em Santa Catarina neste sábado (19), que o prefeito de Joinville, Adriano Silva (Novo), tem “todo o potencial para vir a pleitear o cargo de governador do Estado”. Zema veio participar do encontro estadual do Novo, em Florianópolis, e também participou de um evento na Associação Empresarial da Capital (Acif), onde falou sobre os desafios de governar Minas Gerais, que, em seis anos e meio de administração, teve que reverter o quadro negativo que “quebrou” o Executivo.
Para o governador mineiro, o partido Novo tem crescido, elegeu três prefeitos em Santa Catarina, e uma decisão da sigla ainda deverá ser tomada sobre a candidatura, principalmente porque Adriano “mostrou que uma gestão séria, uma gestão responsável é possível”, representada pelos praticamente 80% dos votos em primeiro turno, no maior colégio eleitoral.
Forte opositor ao PT, que o antecedeu no governo mineiro, Zema é pré-candidato ao Palácio do Planalto, em 2026, com um discurso forte contra o partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “É possível consertar os estragos do PT, que, em Minas, foi um terror. Além de quebrar o Estado, quebrou os municípios também, porque não fez os repasses de ICMS e de IPVA para as prefeituras, dívida que nós estamos pagando”, disparou Zema, no discurso sem abandonar o tom mineiro de tranquilidade.
Proposta liberal para o país já tem parâmetros
Zema considera que o Brasil hoje tem um governo que não oferece nenhuma segurança em relação ao futuro. Sustenta que a taxa de juros “só sobe porque há uma desconfiança cada vez maior, e nós temos de lembrar que isso é ruim para os pobres”.
“Quem tem dívida no Brasil, quem compra telefone celular parcelado, quem compra moto parcelada é rico ou é pobre é pobre? É o pobre que tá pagando juros alto, pagando a conta, enquanto quem tem dinheiro aplicado (nos bancos) está sendo remunerado com essas taxas altíssima. Este governo (Lula), e isso tem que ficar claro, não é o governo do pobre como diz, é o governo dos ricos, e não é isso que vai levar o Brasil para o futuro, para o desenvolvimento”, afirmou Zema.
Zema coloca-se fora do grupo que ele chama de “políticos de carteirinha”, lembra o sucesso na vida profissional, onde passou a vida abrindo lojas em 470 cidades país afora – ex-presidente do conselho de administração do Grupo Zema, uma das maiores redes de lojas de eletrodomésticos do Brasil, que atua em outros setores -, a maioria em Minas Gerais, e reforça que é governador devido ao inconformismo, por indignação ao que viu nas gestões petistas.
“Acabei sendo eleito mesmo disputando contra políticos profissionais que tinham lá milhões pra gastar e a única coisa que eu tinha era minha própria força de trabalho, então eu continuo inconformado com aquilo que está acontecendo no Brasil e o que eu quero é ajudar a tirar o PT de Brasília, já o dia que nós tirarmos de lá, acho que 70% dos problemas do país estarão resolvidos”, concluiu Zema.
Crítica ao episódio que envolveu Jair Bolsonaro
O governador de Minas Gerais chegou a Santa Catarina em plena sexta-feira (18), quando o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) havia sido conduzido à Polícia Federal, em Brasília, passou a usar tornozeleira eletrônica e cumprir uma série de medidas cautelares, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, sob o argumento de que poderia empreender fuga do país, asilando-se em uma embaixada estrangeira.
“Estamos tendo uma perseguição ao ex-presidente Bolsonaro, maior líder da direita, e fica muito claro a partir dos episódios hoje, quando há um governo que, em vez de se preocupar com a gastança, está empenhado em perseguir adversários políticos. Não é isso que faz um país desenvolver a vida de um povo, pelo contrário, só gera distorções, só gera insegurança e não é o caminho certo”, .
Para Zema, há a torcida para que Bolsonaro concorra, em 2026, e ele continua confiante que o ex-presidente, possa vir reconquistar os seus direitos políticos.
Prefeito de Joinville valoriza referência “mineira”
Adriano Silva recebeu o apoio de Romeu Zema com a comparação de uma singularidade: tanto ele quanto o governador de Minas Gerais foram os primeiros eleitos para os respectivos cargos pelo Novo no país, em 2018 e 2020. “Ele (Zema) citar o meu nome é uma uma referência muito grande para mim”, disse Adriano, que sempre remete ao partido a decisão sobre o futuro e assegura que pretende cumprir o mandato até o fim.
De acordo com o prefeito, os dois sempre trocam muito sobre informações de como governar, como conduzir. “Eu tenho um respeito enorme por ele e o que ele fez em Minas Gerais”, relatou o prefeito, que considera “tenho certeza de que se ele vier a concorrer à Presidência, ele pode fazer uma grande diferença ao país”.
Não há política de alianças para a eleição ao governo, em 2026, que não passe pela procura do apoio do prefeito Adriano Silva. Um dos mais ávidos em busca desta garantia é o governador Jorginho Mello (PL), virtual candidato à reeleição, que tem se aproximado de Adriano em nome de uma lógica eleitoral: quem quer chegar ou prosseguir à frente do governo do Estado, precisa vencer em Joinville.
Gilson Marques foi lançado ao Senado
O deputado federal Gilson Marques, que está no segundo mandato, foi lançado candidato ao Senado pelo Novo, durante o encontro estadual da sigla, em Florianópolis. Marques é o único deputado federal eleito pela sigla.
Mais de 1 mil pessoas estiveram no evento, no Oceania Park Hotel & Convention Center, na Praia de Ingleses, onde também foram lançados pré-candidatos a deputados estaduais e federais.
“O Brasil precisa de senadores que enfrentem os abusos do STF, a roubalheira, e que defendam a liberdade. Estou disposto a encarar essa batalha”, declarou Marques.
Comparado a uma grande convenção empresarial pelo prefeito Adriano Silva, o encontro estadual reuniu o ex-procurador da da República da Lava Jato Deltan Dallagnol, os deputados federais Marcel Van Hattem (Novo-RS) e Luiz Lima (novo-RJ), o senador Eduardo Girão (Novo-CE), o deputado estadual Matheus Cadorin, presente mesmo com um problema no joelho que o obrigou a usar muleta; o presidente nacional do partido, o catarinense Eduardo Ribeiro, e o presidente estadual Kahlil Zattar.
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