Vitória de Pacheco derruba tese bolsonarista
Presidente do Senado está alinhado a Lula, mas prega autonomia
• Atualizado
Com um placar de 49 a 32 votos, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) se reelegeu à presidência do Senado, confirmando o favoritismo que era anunciado sobre o senador Rogério Marinho (PL-RN).
Foi uma derrota a mais na nova trincheira bolsonarista, que via a perspectiva de provocar o enfrentamento com os ministros do Supremo Tribunal Federal, caso Marinho lograsse êxito.
Pacheco é, por mais dois anos, o chefe do Poder Legislativo Federal, mas deixa desequilibrada a relação de poder entre a esquerda, com uma ampla formação de centro, que está no poder com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e a direita que buscava estabelecer um contraponto ao Palácio do Planalto.
No discurso, Pacheco pregou independência e autonomia, embora esteja alinhado com Lula, que trabalhou pela vitória do senador mineiro.
Os três senadores catarinenses, Esperidião Amin (PP), Ivete Appel da Silveira (MDB) e Jorge Seif Júnior (PL) se empenharam na busca de votos a Marinho, alinhados com a maioria do eleitorado conservador no Estado, sem esquecer que o filho do ex-presidente Bolsonaro, Flávio Bolsonaro (PL-RJ), foi um dos eleitores.
Perfil moderado e de fazer política pelo diálogo
O advogado Pacheco, que traz a tradição política de Minas Gerais em sua atuação, é moderado e se manifestou fortemente contra os atos antidemocráticos, registrados dia 8 de janeiro, o que também provocava a reação dos mais alinhados com o ex-presidente Jair Bolsonaro.
O reeleito presidente do Senado ganhou o apoio do senador David Alcolumbre (PSD-AP) na campanha e pregou no discurso, após confirmada a vitória, que o “Brasil e o Senado precisam de pacificação”.
“Precisamos nos unir pelo Brasil”, disse Pacheco ao criticar notícias inverídicas ou atos antidemocráticos, que chamou de crimes, e completou: “pacificação é estar do lado certo da história, que defende o Brasil e o povo brasileiro”.
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