Roberto Azevedo

O jornalista Roberto Azevedo tem 39 anos de profissão, 17 deles dedicados ao colunismo político. Na carreira, dirigiu equipes em redações de jornal, TV, rádio e internet nos principais veículos de Santa Catarina.


Política Compartilhar
Apoio do governo federal

Visita de Waldez Góes foi decidida em cima da hora por determinação de Lula

Ministro passou por Trombudo Central e Rio do Sul e foi acompanhado por Jorginho Mello

• Atualizado

Por

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Foi próximo da meia-noite de sexta-feira (24) que os assessores dos deputados federais Pedro Uczai e Ana Paula Lima, ambos do PT, e do presidente do Sebrae Décio Lima confirmaram a visita que o ministro Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional) faria ao Vale do Itajaí, neste sábado (25), e que foi acompanhada pelo governador Jorginho Mello (PL). Góes já havia anunciado a agenda, mas não estava definida até o meio-dia de sexta, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva almoçou com parte da equipe e com Décio, naquele momento foi batido o martelo da viagem, efetivada nas passagens por Trombudo Central e Rio do Sul.

Lula fez chamadas aos ministros no viva-voz, cobrou e pediu total atenção aos catarinenses, atingidos por uma sequência de desastres climáticos, principalmente as regiões de Rio do Sul, Taió, Rio do Oeste, Laurentino, Trombudo Central e Blumenau. A reação foi imediata para Góes vir ao Alto Vale, conversar com prefeitos e ouvir as reiteradas solicitações de Jorginho, que, mais uma vez, pediu agilização para que os recursos cheguem aos municípios. Décio, Ana Paula e Uczai estavam na comitiva de Góes ao Alto Vale.

Góes repetiu que, em relação às enchentes, “já foram aprovados mais de R$ 80 milhões para o Estado, empenhados R$ 60 milhões e pagos R$ 20 milhões. Outros R$ 90 milhões estão previstos dentro do plano de trabalho sobre a reconstrução de municípios em análise, ação que ocorre de acordo com os planos que vão chegando dos prefeitos. Não tem dificuldade de recurso orçamentário ou financeiro”.

Góes, cercado de petistas e de secretários de Jorginho, entre eles Coronel Armando (Defesa Civil) e Jerry Comper (Infraestrutura e Mobilidade), politizou a questão de aplicação de recursos federais: citou os R$ 1,3 bilhão este ano para as rodovias federais, R$ 300 milhões só para atender às emergências, com R$ 100 milhões que já foram aplicados e os R$ 200 milhões para a próxima fase de atendimento, mais apoio na saúde, com kits, força-tarefa do SUS e a prorrogação ou renegociação de dívidas. Foi preciosa a imagem da reação do governador na hora em que o ministro relatava os diversos apoios do governo federal, repare na foto abaixo.

A reação do governador Jorginho Mello durante a coletiva do ministro Waldez Góes. Reprodução/NSC TV

Na passagem por Trombudo Central, o ministro ouviu o relato emocionado da prefeita Geovana Gessner (MDB) sobre a maior enchente da história da cidade, algo que repete as tragédias em Taió. Geovana pediu que o governo reconheça o estado de calamidade pública o mais rápido possível. Um dos pontos levantados pelo governador Jorginho Mello é o de que o governo federal agilize a liberação do FGTS aos atingidos pelas enchentes.

A visita de Waldez Góes também foi acompanhada pelo deputado federal Jorge Goetten e pelo deputado estadual Oscar Gutz, ambos do PL. Góes também foi a Rio do Sul, o município mais atingido, com cinco enchentes este ano, onde foi recebido pelo prefeito José Thomé (PSD). Entre os petistas, Pedro Uczai fez um vídeo com Góes nas redes sociais, assista:

Jorginho disse que pedirá os R$ 465 milhões a Lula

O governador Jorginho Mello, que esteve ao lado do ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, no Alto Vale neste sábado (25), declarou que pediu que sejam apressadas as análises dos estudos que as prefeituras catarinenses enviaram à pasta. E reiterou que fará uma manifestação junto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que os R$ 465 milhões dos cofres do governo do Estado utilizados nas obras das Brs 470, 163, 280 e 285, na administração passada, sejam devolvidas para Santa Catarina.

“Devolva para eu entregar aos prefeitos”, disse Jorginho durante coletiva. E emendou que são “rigorosamente R$ 384 milhões” dos catarinenses aplicados em obras federais.

Os recursos do Tesouro do Estado foram uma saída encontrada pelo então governador Carlos Moisés (Republicanos) devido à ausência de investimentos da administração de Jair Bolsonaro (PL), para que as obras não fossem paralisadas. No governo federal, a proposta clara, a partir também da catarse do ministro Renan Filho (Transportes) é usar os números de repasses de agora como uma resposta ao pedido de Jorginho. Mas a solicitação trata-se apenas de um acerto contábil, que serviria até mesmo se descontada da dívida do Estado com a União, uma sobra bem-vinda em tempos em que a palavra de ordem é reconstrução.

>> Para mais notícias, siga o SCC10 no TwitterInstagram e Facebook.

Quer receber notícias no seu whatsapp?

EU QUERO

Ao entrar você esta ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.

Fale Conosco
Receba NOTÍCIAS
Posso Ajudar? ×

    Este site é protegido por reCAPTCHA e Google
    Política de Privacidade e Termos de Serviço se aplicam.