Visita de Waldez Góes foi decidida em cima da hora por determinação de Lula
Ministro passou por Trombudo Central e Rio do Sul e foi acompanhado por Jorginho Mello
• Atualizado
Foi próximo da meia-noite de sexta-feira (24) que os assessores dos deputados federais Pedro Uczai e Ana Paula Lima, ambos do PT, e do presidente do Sebrae Décio Lima confirmaram a visita que o ministro Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional) faria ao Vale do Itajaí, neste sábado (25), e que foi acompanhada pelo governador Jorginho Mello (PL). Góes já havia anunciado a agenda, mas não estava definida até o meio-dia de sexta, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva almoçou com parte da equipe e com Décio, naquele momento foi batido o martelo da viagem, efetivada nas passagens por Trombudo Central e Rio do Sul.
Lula fez chamadas aos ministros no viva-voz, cobrou e pediu total atenção aos catarinenses, atingidos por uma sequência de desastres climáticos, principalmente as regiões de Rio do Sul, Taió, Rio do Oeste, Laurentino, Trombudo Central e Blumenau. A reação foi imediata para Góes vir ao Alto Vale, conversar com prefeitos e ouvir as reiteradas solicitações de Jorginho, que, mais uma vez, pediu agilização para que os recursos cheguem aos municípios. Décio, Ana Paula e Uczai estavam na comitiva de Góes ao Alto Vale.
Góes repetiu que, em relação às enchentes, “já foram aprovados mais de R$ 80 milhões para o Estado, empenhados R$ 60 milhões e pagos R$ 20 milhões. Outros R$ 90 milhões estão previstos dentro do plano de trabalho sobre a reconstrução de municípios em análise, ação que ocorre de acordo com os planos que vão chegando dos prefeitos. Não tem dificuldade de recurso orçamentário ou financeiro”.
Góes, cercado de petistas e de secretários de Jorginho, entre eles Coronel Armando (Defesa Civil) e Jerry Comper (Infraestrutura e Mobilidade), politizou a questão de aplicação de recursos federais: citou os R$ 1,3 bilhão este ano para as rodovias federais, R$ 300 milhões só para atender às emergências, com R$ 100 milhões que já foram aplicados e os R$ 200 milhões para a próxima fase de atendimento, mais apoio na saúde, com kits, força-tarefa do SUS e a prorrogação ou renegociação de dívidas. Foi preciosa a imagem da reação do governador na hora em que o ministro relatava os diversos apoios do governo federal, repare na foto abaixo.
Na passagem por Trombudo Central, o ministro ouviu o relato emocionado da prefeita Geovana Gessner (MDB) sobre a maior enchente da história da cidade, algo que repete as tragédias em Taió. Geovana pediu que o governo reconheça o estado de calamidade pública o mais rápido possível. Um dos pontos levantados pelo governador Jorginho Mello é o de que o governo federal agilize a liberação do FGTS aos atingidos pelas enchentes.
A visita de Waldez Góes também foi acompanhada pelo deputado federal Jorge Goetten e pelo deputado estadual Oscar Gutz, ambos do PL. Góes também foi a Rio do Sul, o município mais atingido, com cinco enchentes este ano, onde foi recebido pelo prefeito José Thomé (PSD). Entre os petistas, Pedro Uczai fez um vídeo com Góes nas redes sociais, assista:
Jorginho disse que pedirá os R$ 465 milhões a Lula
O governador Jorginho Mello, que esteve ao lado do ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, no Alto Vale neste sábado (25), declarou que pediu que sejam apressadas as análises dos estudos que as prefeituras catarinenses enviaram à pasta. E reiterou que fará uma manifestação junto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que os R$ 465 milhões dos cofres do governo do Estado utilizados nas obras das Brs 470, 163, 280 e 285, na administração passada, sejam devolvidas para Santa Catarina.
“Devolva para eu entregar aos prefeitos”, disse Jorginho durante coletiva. E emendou que são “rigorosamente R$ 384 milhões” dos catarinenses aplicados em obras federais.
Os recursos do Tesouro do Estado foram uma saída encontrada pelo então governador Carlos Moisés (Republicanos) devido à ausência de investimentos da administração de Jair Bolsonaro (PL), para que as obras não fossem paralisadas. No governo federal, a proposta clara, a partir também da catarse do ministro Renan Filho (Transportes) é usar os números de repasses de agora como uma resposta ao pedido de Jorginho. Mas a solicitação trata-se apenas de um acerto contábil, que serviria até mesmo se descontada da dívida do Estado com a União, uma sobra bem-vinda em tempos em que a palavra de ordem é reconstrução.
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