Visita de ministro ao Estado tem palanque eclético e “Partido de SC”

A primeira etapa da visita do ministro Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional) conseguiu atrair um público político eclético na passagem por Blumenau, inclusive o que devemos denominar de “Partido de Santa Catarina”, pois o governador Jorginho Mello (PL) esteve lado a lado com o adversário do segundo turno da eleição de 2022, Décio Lima (PT), atual presidente do Sebrae. O clima foi amistoso, republicano como deve ser. O governo federal tem os recursos, ninguém questiona isso.

A exemplo dos parlamentares e integrantes do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como a ministra Marina Silva (Meio Ambiente), e de integrantes da administração catarinense, Jorginho e Décio simbolizaram a união que o momento exige, sem diferenças ideológicas, mas em prol do atendimento dos atingidos pelas enchentes e deslizamentos. Os dois ministros assinaram a concessão da gestão das águas, que hoje é feita pela Agência Nacional de Águas (Ana), para o governo catarinense, que terá autonomia sobre águas de outorga ou de gestão de barragens, como já ocorre em outros estados.

Waldez Góes foi claro no discurso, na sede da prefeitura de Blumenau, onde disse que, antes dos projetos e solicitações de recursos, os prefeitos já devem encaminhar planos de ação sobre possíveis situações que geram problemas com a chuva, fato que ficou mais fácil depois que o Ministério reconheceu a Situação de Emergência decretada por 89 municípios e pelo governo do Estado, na terça-feira (10). Em torno do ministro, que é do PDT, porém garantiu a cota na Esplanada pelo União Brasil, estavam integrantes do Podemos, o prefeito Mário Hildebrandt; PSDB, como a vice-prefeita da cidade, Maria Regina de Souza Soar; além de filiados de PT, PL e MDB, entre outros.

Na mesma mesa, estavam os deputados federais Ana Paula Lima, vice-líder do governo na Câmara, e Pedro Uczai, ambos do PT, e a senadora Ivete Appel da Silveira (MDB). Décio Lima, não por acaso, estava na condição de ex-prefeito de Blumenau por duas vezes, um profundo conhecedor das dificuldades enfrentadas pelos moradores da região quando o assunto é enchente ou chuva forte.

O ambiente é favorável ao esquecimento de antigas rusgas em nome do bem maior, resolver a vida de quem perdeu tudo ou ainda nem sabe como tocar os empreendimentos ou planos no futuro. Góes foi deputado estadual por duas vezes e governador do Amapá por quatro mandatos, portanto entende quando um governador, a exemplo de Jorginho, pede pressa no atendimento de reivindicações e a menor burocracia possível.

O restante da programação inclui sobrevoos a Rio do Sul e Taió

O ministro Waldez Góes seguirá, na tarde desta quarta-feira (11), para o Alto Vale do Itajaí. Além de um sobrevoo sobre Rio do Sul e Taió, as cidades mais atingidas, pretende descer nos dois municípios.

Góes conversará com prefeitos da região sobre as questões mais emergenciais. Certamente veio com os ouvidos preparados, já que reclamações quanto à demora de liberações de verbas ou mesmo da falta de atendimento de antigas demandas.

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