Roberto Azevedo

O jornalista Roberto Azevedo tem 39 anos de profissão, 17 deles dedicados ao colunismo político. Na carreira, dirigiu equipes em redações de jornal, TV, rádio e internet nos principais veículos de Santa Catarina.


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Eleições 2024

Vídeo: Datena agride Pablo Marçal com uma cadeirada durante debate na TV

Adversários acirraram as acusações que vêm de antes do evento neste domingo (15)

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Reprodução/TV CUltura
Reprodução/TV CUltura

A troca de acusações e insultos já era constante nos primeiros momentos do debate promovido pela TV Cultura com os candidatos à prefeitura de São Paulo, quando, no quarto bloco, o candidato José Luiz Datena (PSDB) partiu para agressão física contra o também candidato Pablo Marçal (PRTB). Os dois saíram do programa: Datena foi afastado por desrespeitar as regras do evento e Marçal disse que não se sentia bem. Mais tarde, a coordenação da campanha de Marçal emitiu uma nota em que afirma que ele foi ferido nas costelas, com suspeita de fratura e que deixou o local do debate de ambulância.

O fato é lamentável para a democracia. Minutos antes do incidente, Marçal havia relembrado um caso onde o apresentador da TV Bandeirantes foi acusado, por uma repórter, de assédio sexual. Datena rebateu, disse que Marçal foi condenado, ele não. Marçal teve o direito de réplica e chamou Datena de “arregão”, ao perguntar quando ele iria desistir da campanha. Mais uma vez, Marçal disse que Datena “não era homem para fazer isso”, ao lembrar que, em outro debate, o apresentador havia o ameaçado de agressão e nada fez.

Foi quando a imagem não mostra e o apresentador, o jornalista Leão Serva, grita “Não Datena, não!”. Datena aparece em frente à câmera com uma cadeira e desfere um golpe em Marçal, e ainda chama o adversário de “Filho d..!”

Os dois trocam farpas e acusações desde o início das campanha à prefeitura de São Paulo. De uma semana para cá, Marçal passou a exigir a renúncia de Datena à candidatura. Assista ao vídeo com a lamentável sequência:

Os demais candidatos que participavam do debate lamentaram o episódio. O prefeito Ricardo Nunes (MDB), o deputado Guilherme Boulos (PSOL), a deputada Tabata Amaral (PSB) e Maria Helena (Novo) foram unânimes em dizer que o ato nada soma. Evidentemente, Marçal, que não tem tempo de rádio e TV por isso precisa das redes sociais e debates para fazer a campanha, vai potencializar o fato.

É importante frisar que a eleição de São Paulo tem repercussão em todo o país. O clima quente, da acusação sem provas, que tem dominado a campanha na Capital paulista gera repercussão e efeitos, nenhum deles positivos.

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