Valdemar da Costa Neto é solto por Moraes, mas crise no PL não acaba aqui
Presidente nacional da sigla de Bolsonaro foi detido pela Polícia Federal
• Atualizado
O presidente nacional do PL, o ex-deputado Valdemar da Costa Neto, que cumpre prisão preventiva, foi solto por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, no início da noite deste sábado (10), de Carnaval. A idade de 74 anos de Valdemar pesou na decisão de Moraes, depois que o presidente nacional do PL teve a prisão temporária transformada em preventiva, na sexta-feira (9), depois da audiência de custódia. Mas o ministro manteve todas as medidas cautelares contra o presidente nacional do PL, que não pode se comunicar com os demais investigados, entre eles Jair Bolsonaro (PL), e não deve deixar Brasília.
Valdemar foi detido pela Polícia Federal na quinta-feira (8), durante a Operação Tempus Veritatis, que investiga o núcleo de ex-assessores do ex-presidente Bolsonaro por trabalharem por um suposto golpe de Estado. Moraes é o presidente do inquérito que analisa os fatos do 8 de janeiro de 2023, quando prédios públicos foram invadidos e depredados por simpatizantes de Bolsonaro. Para a PF, Valdemar é o “fiador” das críticas ao sistema eleitoral brasileiro depois da derrota de Bolsonaro em 2022.
Arma e pepita de ouro pesaram contra Valdemar
O episódio que levou à detenção de Valdemar nada tem a ver com o inquérito da PF em si, mas com o fato dele não ter o registro renovado de uma arma de fogo e estar e posse de uma pepita de ouro sem qualquer documentação ou certificado de origem. O presidente nacional do PL ficou ao largo da defesa dos aliados de Bolsonaro, que alegaram perseguição ao ex-presidente da República, mas evitaram tratar do caso que envolvia Valdemar, o que gerou uma crise no partido, sem consequências previsíveis.
O governador Jorginho Mello, amigo de Valdemar desde 2012, quando o ex-deputado passou a presidência do Partido da República ao então deputado, evitou citar qualquer fato sobre a prisão do presidente nacional do PL. Para Jorginho, que criticou a Operação Tempus Veritatis, a “Polícia Federal tem mais o que fazer do que ficar requentando” e não precisa perseguir Bolsonaro, “uma homem decente”, que já está inelegível.
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