União Brasil não fará oposição a Jorginho
Presidente do partido, Gean Loureiro, avaliza e foca na federação com o PP
• Atualizado
Às vésperas de oficializar a federação nacional com PP e Avante, que resultará em uma bancada de 115 deputados na Câmara Federal, o União Brasil também desenha o posicionamento em Santa Catarina, onde não pretende entrar na administração estadual, mas não fará oposição ao governador Jorginho Mello (PL).
Na última sexta-feira (24), os deputados Marcos da Rosa, Jair Miotto (líder) e Sérgio Guimarães estiveram reunidos com Jorginho (foto) para conversar sobre a Medida Provisória da reforma administrativa, mutirão de cirurgias eletivas, o programa Universidade Gratuita e os gargalos da infraestrutura, ações que devem apoiar na Assembleia, sem que isso signifique que o União estará na base de apoio ou venha a ocupar secretarias.
A posição é ressaltada pelo presidente estadual do União Brasil, o ex-prefeito de Florianópolis, deputado estadual e federal e vereador Gean Loureiro, que disputou o governo do Estado em 2022. Ele garante que a posição em relação ao governo Jorginho é de independência.
De acordo com Gean, a bancada estadual, a bancada federal, leia-se o deputado Fábio Schiochet (1º vice-presidente da legenda), e a direção estadual estão em sintonia.
Debate sobre a federação com PP e Avante está avançado
É dado como certo que, nesta semana, União Brasil, Avante e PP formalizam a criação de uma federação, que, na prática, une as três siglas durante quatro anos como se atuassem em um único partido e que não deve ter enfrentamentos em Santa Catarina.
Nesta segunda (27), Gean reúne os três deputados estaduais e o federal em um almoço na casa dele, em Florianópolis, justamente para atualizar a posição que considera favorável da federação.
Antes, em uma primeira reunião, Gean esteve com o senador Esperidião Amin, o histórico Aldo Rosa e o presidente estadual do PP, o secretário (Indústria, Comércio e Serviços), onde também estavam Fábio Schiochet e o ex-prefeito de Blumenau João Paulo Kleinübing, momento em que o grupo chegou à conclusão de que a ideia é de um trabalho harmônico.
Para Gean, as duas legendas se completam regionalmente, e se consolidam fortes onde hoje tem menor participação, sem que exista qualquer ressentimento ou disputa paroquial com Esperidião Amin.
Nada é maior do que o projeto futuro em vias de ser confirmado em Santa Catarina, considera Gean.
Outro ponto seria o fato de que o União conta com o PSD na construção por estarem próximos, como na eleição de 2022, onde criaram uma aliança que poderá ser mantida na eleição municipal do ano que vem com a perspectiva de encorpada por PP e Avante.
Os pessedistas estariam nos planos, embora não façam parte da futura federação.
Visão de oposição ao governo federal é a mesma
Nem mesmo o fato de ter os ministros Juscelino Filho (Comunicações), Daniela Carneiro (Turismo) e a estranha construção do senador Davi Alcolumbre (União-AP) que levou o ex-governador do Amapá Waldez Góes, do PDT, ao Desenvolvimento Regional, significa que o partido está fechado de Norte a Sul com Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em Santa Catarina, União e PP compartilham deste sentimento oposicionista, basta lembrar que ambos fizeram campanha para Jair Bolsonaro (PL).
Com a federação, os três partidos alcançam 115 deputados na Câmara, bem mais robusta do que os 99 deputados do PL – 59 são do União (terceira maior bancada), 49 do PP e 7 do Avante.
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