Topázio responde à oposição que pede uma CPI na Câmara

Com reportagens de agosto de 1996, reproduzidas de jornais de Florianópolis, o prefeito Topázio Neto (PSD) rebateu as críticas do vereador Afrânio Boppré (PSOL), que propôs a criação de uma Comissão de Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os agentes públicos investigados na Operação Presságio, da Polícia Civil.

Além de apresentar um requerimento na tarde de quinta-feira (18), antes que o prefeito oficializasse a exoneração dos então secretários Ed Pereira (Turismo, Cultura e Esporte) e Fábio Braga (Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável), Afrânio declarou que “governo Topázio está sob suspeitas faz tempo. Corrupção virou rotina e falta a caneta do prefeito para demitir os secretários envolvidos”.

Nos recortes de jornais, aparecem dois atos que levaram o então prefeito Sérgio Grando (PPS) a exonerar servidores municipais, há 28 anos. Grando, que comandou a administração da Capital entre 1993 e 1996, tinha Afrânio como vice, à época no PT. O ex-prefeito faleceu em 31 de dezembro de 2016, aos 66 anos

Um dos casos apresentados por Topázio envolve um procurador do município por apropriação de dinheiro público e até por desvio de honorários de outros procuradores. Ele, que foi exonerado, contava com a ajuda de uma outra servidora, que estava a serviço da Vara dos Feitos da Fazenda no Fórum da Capital. Na outra reportagem, há a acusação de que um assessor técnico da Secretaria de Turismo cobrava propina, mas sem determinar se houve ou não o afastamento.  

A Operação Presságio investiga fatos de 2021, quando a empresa Amazon Fort foi contratada em caráter excepcional para fazer o recolhimento do lixo na Capital, por conta de uma greve da Comcap. A investigação é sobre organização criminosa e lavagem de dinheiro entre 11 investigados, que foram alvos de 24 mandados de busca e apreensão.

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