TCE adia julgamento do caso dos respiradores para o dia 28
Conselheiro Adircélio Ferreira Júnior pediu mais prazo para considerar sustentações orais no seu voto
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Foi o conselheiro Adircélio de Moraes Ferreira Júnior, corregedor-geral e relator do caso dos respiradores, que pediu duas sessões para poder robustecer o voto sobre o rumoroso episódio em que 200 respiradores mecânicos foram comprados para UTIs com antecipação de pagamento de R$ 33 milhões, em que nenhum equipamento chegasse ao Estado, durante o início do combate à pandemia. A compra foi efetivada pela Secretaria estadual de Saúde e logo surgiram cobranças pela aquisição ter sido feita sem garantia de entrega, apesar da dispensa de licitação porque o equipamento, essencial para o atendimento de pessoas com crise respiratória grave, estava em falta no mundo inteiro.
O julgamento do TCE, remarcado para o dia 28 de agosto, baseia-se na análise da Ausência de Termo de Referência; Ausência de estimativa de preços fidedigna; Contratação de empresa sem capacidade para fornecer os equipamentos (Veigamed, com sede em Nilópolis, Estado do Rio de Janeiro); Ausência de publicidade; Ausência de contrato; Sobrepreço; Direcionamento ilícito da contratação; e Ausência de entrega do objeto adquirido, mediante pagamento antecipado sem as devidas garantias.
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Adircélio se valerá das manifestações dos procuradores dos agentes públicos envolvidos nas investigações na condição de suspeitos. Houve a manifestação das defesas do diretor de Licitações e Contratos da Secretaria de Estado da Saúde (SES) à época, Carlos Charlie Campos Maia; da ex-superintendente de Gestão Administrativa da SES, Márcia Regina Geremias Pauli; do ex-secretário da Saúde Elton Zeferino; do assessor jurídico da SES à época, Carlos Roberto Costa Júnior; e da servidora do Núcleo de Contratações da Diretoria de Licitações e Contratações da SES, Leila Oliveira Danielevicz. O ex-secretário da Casa Civil, Douglas Borba, fez a própria defesa.
Borba chegou a ficar um mês preso preventivamente por conta da investigação do caso. Nesta segunda-feira (14), no plenário do TCE, o ex-secretário disse que o fato arruinou a vida dele, por isso prerdeu o no governo, o emprego de professor em uma universidade e é marcado até hoje.
Nas manifestações, o mesmo jogo de empurra verificado e nas fases da CPI dos Respiradores na Assembleia, no inquérito da Polícia Civil e nos fatos investigados pela Polícia Federal, Procuradoria Geral da República e pelo Superior Tribunal de Justiça, em Brasília, que isentaram a responsabilidade do ex-governador Carlos Moisés (Republicanos). A maior punição do TCE é a perda dos direitos políticos e a cobrança de multa para ressarcimento aos cofres do Estado.
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