Roberto Azevedo

O jornalista Roberto Azevedo tem 39 anos de profissão, 17 deles dedicados ao colunismo político. Na carreira, dirigiu equipes em redações de jornal, TV, rádio e internet nos principais veículos de Santa Catarina.


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São Paulo

Tarcísio de Freitas: o técnico que virou político

Governador de São Paulo tem maturidade e convive com os adversários

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Reprodução/Band
Reprodução/Band

Filiado ao Republicanos, que hoje ostenta o slogan “o partido mais conservador do Brasil”, o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas foi eleito pela onda Bolsonaro e evoluiu na condição de político a ponto de impressionar quando discorre sobre os problemas do país.

Tarcísio não mudou de ideia, prega a privatização do Porto de Santos, da Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp), o que não o afastou de pautas novas, como declarar que os atos de 8 de janeiro devem ser “repudiados”, doa a quem doer, e que é necessário a regulação da internet, leia-se a Lei das Fake News, para se evitar exageros, como campanhas absurdas que fomentam ataques às escolas e a depredação moral de indivíduos, mesmo que não concorde com todo o conteúdo da norma que deve ser votada esta semana na Câmara dos Deputados.

O governador de São Paulo acredita que o arcabouço fiscal está no limite ideológico do atual governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas pondera que a norma será necessária para se estabelecer o regramento de gastos públicos.

Boa imagem e respeito pela maneira como governa

Fora dos holofotes, Tarcísio é um engenheiro e capitão do Exército Brasileiro, só que ganha espaço político ao saber diferenciar o adversário Lula do presidente da República, com quem tem mantido conversas republicanas às claras, com direito a fotos e outros registros, pois sabe a quem tem que convencer na hora de pedir recursos.

Tarcísio tem conselheiros como Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, ex-prefeito de São Paulo, ministro de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB), atual secretário de Governo e Relações Institucionais de São Paulo, que o ajuda a manter a interlocução com o Planalto sem revanchismo ou agressões.

O governador de São Paulo mostra evolução política, ganha espaço e um protagonismo que supera a excelente imagem de técnico cuidadoso e competente quando da passagem pelo Ministério da Infraestrutura de Jair Bolsonaro (PL).

Tanto que antes foi diretor-geral do DNIT, na condição de engenheiro, na gestão da petista Dilma, sem solavancos, pois sabe conviver com os que não comungam de seus valores. Se der desarranjo na direita, Tarcísio está pronto para pensar em voos mais altos em 2026.

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