Sem tratar das divergências, Juliana Pavan e Fabrício Oliveira têm primeiro encontro
Reunião foi marcada pela entrega de pedidos da prefeita eleita ao atual prefeito
• Atualizado
Os processos que ambos abriram para cassar as respectivas chapas à prefeitura de Balneário Camboriú ficaram fora da primeira reunião oficial da prefeita eleita Juliana Pavan (PSD) com o prefeito Fabrício Oliveira (PL) nesta sexta-feira (25). Com ânimos desarmados, no melhor estilo republicano, Fabrício colocou toda a estrutura à disposição de Juliana.
A prefeita eleita entregou três ofícios com solicitações ao atual mandatário. No primeiro, requer a publicação de um decreto para criar a comissão de transição, disponibilizar espaço para os coordenadores e propor o envio do projeto de reforma administrativa do governo municipal ainda em 2024. Segundo Juliana, o projeto deverá ser entregue em dezembro a Fabrício para que seja enviado à Câmara e aprovado na atual legislatura.
“Este foi um compromisso de campanha. Já temos a minuta da proposta e vamos ajustar alguns detalhes. Caso aprovado, a sanção será nosso primeiro ato após a posse. Tenho pressa e não tenho tempo a perder”, explicou Juliana Pavan.
Fabrício já disse que está disponível para eventuais novos encontros que sejam necessários para alinhar a continuidade dos serviços públicos essenciais. “Nosso interesse sempre será o melhor para Balneário Camboriú, e estamos à disposição para contribuir neste processo”, ressaltou.
Reunião de transição já tem data marcada
Ficou definido que o primeiro encontro entre as coordenações de transição será realizado na próxima quarta-feira (30) para alinhar o cronograma de trabalho e as ações de planejamento da transição. Pela atual administração, o indicado deverá ser o ex-prefeito Rubens Spernau, secretário de Planejamento, e pela futura prefeita, o administrador Leandro Índio da Silva. Os dois acompanharam o encontro entre Juliana e Fabrício, ao lado do chefe de gabinete Julimar Dagostin.
Durante a campanha, o PL acusou Juliana e o pai, o ex-governador Leonel Pavan (PSD), prefeito eleito de Balneário Camboriú, de praticarem caixa dois, a partir da prisão de Glauco Piai, que supostamente usaria recursos para abrir espaço para futuros investidores em Balneário Camboriú e foi detido com R$ 100 mil em dinheiro. O lobista nega a relação e os Pavan afirmam que ele seria o comprador de um terreno da família, o que explicaria o repasse de dinheiro aos então candidatos e a proximidade dele com o clã.
Já Juliana e Leonel Pavan denunciaram Fabrício e Peeter Lee Grando (PL), então candidato à prefeitura, por falsificação de material de divulgação, que difamava pai e filha do PSD, e ainda por espalharem fake news, que não surtiram efeito, já que Juliana fez 42,30% dos votos válidos. As duas campanhas entraram com ações na Justiça Eleitoral onde pedem a cassação do registro das chapas adversárias.
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