Roberto Azevedo

O jornalista Roberto Azevedo tem 39 anos de profissão, 17 deles dedicados ao colunismo político. Na carreira, dirigiu equipes em redações de jornal, TV, rádio e internet nos principais veículos de Santa Catarina.


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Eleições 2024

Sem chances da frente de esquerda, PT e PSOL farão as convenções na mesma hora na Capital

Eventos serão no sábado, às 9h, na Fecesc e no Plenarinho da Câmara de Vereadores

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Os vereadores Lela (à frente) e Marquito (ao fundo), nos tempos de Câmara da Capital. Foto: Divulgação.
Os vereadores Lela (à frente) e Marquito (ao fundo), nos tempos de Câmara da Capital. Foto: Divulgação.

Ainda querendo parte do PSB, o Partido dos Trabalhadores que recebeu o apoio institucional dado em garantia e o PSOL de olho nos filiados não satisfeitos com a decisão nacional de veto, as siglas farão, no sábado, às 9h, as duas convenções, em Florianópolis. O PT, de Vanderlei Farias, o Lela, mais PCdoB e PV, que compõem a federação Brasil da Esperança, estarão reunidos no auditório da Cesusc, na SC-401. Já o PSOL, de Marcos José de Abreu, o Marquito, que forma uma federação com o Rede, marcou o encontro para o Plenarinho da Câmara de Vereadores, primeiro endereço político do agora deputado estadual e pré-candidato.

A distância geográfica aumentou entre os dois eventos, a ideia de formar um frente de esquerda, defendida pelos mais puristas e de visão ideológica, tornou-se um abismo. O PT segue o desafio da direção nacional em ter candidato na majoritária nas capitais e municípios acima de 100 mil eleitores, embora tenha adotado outro critério na capital Paulista, onde se aliou ao deputado federal psolista Guilherme Boulos. O PSOL até admitia a aliança e referia-se ao raro entendimento que uniu as duas siglas, em 2020, em torno do professor Elson Pereira, candidato da sigla que teve PT, PDT e PSB ao seu lado.

Argumentos matemáticos e históricos fulminaram a aliança

O fato é que o presidente estadual do PT, o ex-deputado e prefeito de Blumenau Décio Lima, um dos mais próximos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, usou a história e a matemática para manter Lela no jogo, ao lembrar que, na disputa ao governo do Estado, ele ficou em segundo lugar na Capital, atrás apenas do ex-prefeito Gean Loureiro (União Brasil). O adversário de então, o senador Jorginho Mello (PL), candidato de Jair Bolsonaro, e que seria o vencedor no segundo turno, apareceu em terceiro lugar.

Quem defende a união de forças, que, na prática, deve se dar naturalmente no momento de votar, entende que Marquito tem um potencial maior e deveria ser a convergência da esquerda. O atual deputado estadual foi o vereador mais votado na Capital, em 2020, o que facilitou a chegada à Assembleia. Lela concorreu no mesmo ano e não conseguiu se reeleger pelo PDT, depois de dois mandatos na Câmara. Resultado: mudou-se para o PT.

Não deve ser esquecido que, por mais que tenham agendas em comum, e que estiveram lado a lado na última eleição presidencial, as duas siglas estão em conflito desde que petistas rebelados resolveram fundar o PSOL, nas denúncias de corrupção no primeiro governo de Lula, em 2004. O Mensalão assombra a relação de maneira sutil, até porque no PT há certeza de que o PSOL tem crescido e tirado uma fatia mais do que generosa do eleitorado à esquerda.

Quem deve ser candidato à prefeitura de Florianópolis

Carlos Muller (PSTU)

Dário Berger (PSDB, Cidadania, União Brasil, PDT e Solidariedade), já homologado

Rogério Portanova (Avante), já homologado

Lela (PT, PCdoB, PV e PSB)

Mateus Souza (PMB), já homologado

Marquito (PSOL e Rede)

Pedrão (PP e PRD), já homologado

Topázio (PSD, PL, MDB, Podemos, Republicanos e Novo), já homologado

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