Roberto Azevedo

O jornalista Roberto Azevedo tem 39 anos de profissão, 17 deles dedicados ao colunismo político. Na carreira, dirigiu equipes em redações de jornal, TV, rádio e internet nos principais veículos de Santa Catarina.


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Secretariado de Jorginho

Sem a presença de líderes do PSD, Ricardo Guidi recebe secretaria em ato prestigiado

Deputado federal assumiu a pasta, em cerimônia na Casa d'Agronômica lotada

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Eduardo Valente/Secom
Eduardo Valente/Secom

A Casa d’Agronômica estava lotada na manhã desta segunda-feira (7), em Florianópolis, para a posse do deputado federal Ricardo Guidi na Secretaria do Meio Ambiente e Economia Verde, pasta que tem um titular mais de sete meses depois do início da administração de Jorginho Mello (PL). Guidi pretende construir um projeto para a prefeitura de Criciúma, em 2024, mas a proposta dependerá de algumas variáveis, como a postura do PSD local, comandado pelo agora secretário do Meio Ambiente, e que recentemente recebeu o prefeito Clésio Salvaro em suas fileiras e que tem planos próprios sobre a sucessão no ano que vem.

A chegada fortaleceu o PSD criciumense, mas criou duas polêmicas: Clésio quase se filia sem Guidi saber, assina a ficha em um dia em que o deputado não estaria presença em função de compromissos, o que causou um mal-estar e divisões internas; e equalizar uma forma de que a ida para o governo não signifique que os pessedistas estão no governo Jorginho, fato desmentido pela cúpula, tanto que nem Clésio nem Julio Garcia, líderes políticos da região Sul, apareceram na posse.

O fato se espalhou pela sigla, que firmou o pé quanto a ser uma decisão pessoal de Guidi e não uma adesão compulsória a Jorginho. Os prefeitos Topázio da Silveira Neto (Florianópolis), Orvino de Ávila (São José) e João Rodrigues (Chapecó), o deputado estadual Napoleão Bernardes (ex-prefeito de Blumenau) e o presidente estadual Eron Giordani não apareceram na solenidade, embora tenham dado aval ao movimento do deputado federal. Embora, os deputados federais Ismael dos Santos e Darci de Matos, ambos do PSD, tenham hipotecado apoio ao colega Ricardo.

Eduardo Valente/Secom

DNA político acompanha o projeto de Ricardo Guidi

Advogado por formação, Guidi é reconhecido como um grande quadro, preparado, duas vezes deputado estadual e no segundo mandato de federal, além de ser o herdeiro político do pai, o arquiteto, ex-prefeito de Criciúma, deputado e secretário estadual Altair Guidi, já falecido; e da mãe, a professora e ex-senadora Sandra Zanatta Guidi.

Entre os obstáculos de Ricardo Guidi para estabelecer um caminho confiável até o Paço Municipal, está a dewinidção do futuro partidário. Se mudar para o PL, por exemplo, terá que acertar os ponteiros com a prima, a também deputada federal Julia Zanatta, que já concorreu ao cargo em 2020. Outra questão está no espaço com o deputado federal Daniel Freitas eo estadual Jessé Lopes, com quem Guidi garante estar tudo acertado.

O vice-prefeito de Criciúma, o jornalista Ricardo Fabris (PSD), que já ocupa a função pela segunda vez ao lado de Clésio, é um entusiasta e apoiador da candidatura do agora secretário estadual do Meio Ambiente, bem como da ida para o governo. Campanha se constrói com apoio e costura, portanto o trabalho de Guidi já começou faz tempo.

Na solenidade, figuiras influentes como o presidente da Fiesc, Mario Cézar de Aguiar, dividiram espaço com boa parte dos deputados estaduais presentes. O PIB de Criciúma marcou ampla presença.

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