Secretário explica o corte na bolsa do ensino médio
Baixa adesão e elevação de custos levaram à diminuição do orçamento
• Atualizado
O secretário da Educação Aristides Cimadon declarou, durante a gravação do programa Pronto & Contraponto, do SCC SBT, nesta segunda-feira (27), que dos 57 mil inscritos para receber a bolsa do ensino médio do governo do Estado (Bolsa Estudante), em 2022, apenas 20 mil terminaram o ano letivo, e que a elevação do custo da merenda escolar, que saltou de cerca de R$ 400 milhões para R$ 600 milhões, assim como o do transporte escolar, que aumentou de R$ 200 milhões para R$ 250 milhões, levaram ao corte no programa.
De acordo com Cimadon, que atendeu uma ligação do governador Jorginho Mello no estúdio, com base nesta realidade, o governo resolveu reavaliar o programa de bolsas, iniciado na administração de Carlos Moisés (Republicanos), e que previa o repasse de R$ 568 por mês, em 11 parcelas, para matriculados no ensino médio e na Educação de Jovens e Adultos, cujas famílias estivessem inscritas no CadÚnico e tenham 75% de frequência.
O grau de carência socioeconômica é o fator de seleção dos alunos, o que seria um incentivo para que permanecessem na escola com uma renda anual que chegaria a R$ 6.250 por ano, e agora o efeito do orçamento levou a Secretaria da Educação a manter o benefício para 10 mil estudantes, sem considerar que isso será definitivo. Serão destinados R$ 60 milhões para alunos mais pobres.
Reação veio da oposição na Assembleia
O assunto do corte, de 83% sobre o valor inicial, de mais de R$ 200 milhões (inicialmente eram previstos R$ 375 milhões), ganhou eco com a cobrança feita pela presidente da Comissão de Educação da Assembleia, a deputada Luciane Carminatti (PT), que pediu explicações para a retirada dos valores.
Para a deputada, o que era incentivo virou uma perda, algo que é negado por Cimadon, que se apega ao baixo índice de permanência e ao impacto do aumento de custos da merenda e do transporte.
Recurso do Bolsa Estudante não irá para Universidade Gratuita
O secretário negou que os recursos do Bolsa Estudante sejam relocados no Programa Universidade Gratuita. De acordo com Cimadon, os recursos das bolsas servirão para cobrir o aumento dos custos com alimentação e transporte.
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