Salvaro declara guerra ao PIX e a Moisés
Prefeito de Criciúma disse que espera que seja um problema técnico do governo e "não um estelionato eleitoral"
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Uma batalha de versões se transformou em uma guerra de afirmações do prefeito Clésio Salvaro (PSDB), de Criciúma, contra o governador licenciado e candidato à reeleição Carlos Moisés (Republicanos) por conta da paralisação do repasse da obra de macrodrenagem no bairro Pio Corrêa, área central de Criciúma, uma das pioneiras a receber recursos do Plano 1000, apelidado de PIX.
Salvaro subiu o tom, e, em entrevista na manhã desta quarta (14), disse que espera que não seja “uma tentativa de estelionato eleitoral”, “uma retaliação política do governador” por ele apoiar outra candidatura, e que que seja somente uma questão burocrática.
O pagamento não foi feito em agosto e nem neste mês, o que levou Salvaro dizer que a obra, orçada em mais de R$ 11 milhões, vai continuar com ou sem os recursos do Estado.
O secretário em exercício da Infraestrutura, Alexandre Martins, declarou a emissoras locais que há uma falha da prefeitura de Criciúma na prestação de contas em uma das etapas, versão negada por Salvaro.
Problema no Pio Corrêa vira munição eleitoral para os adversários
Na coletiva dada esta manhã por Salvaro, ao lado do vereador Nícola Martins (PSDB) e do secretário Tita Belolli, secretário de Infraestrutura, Planejamento e Mobilidade Urbana, o prefeito disse que aguardará até a semana que vem, quando vence a data de novos repasses, e não descarta entrar na Justiça Eleitoral.
A munição, que cairia como uma luva para os adversários de Moisés, seria uma ação por abuso do poder político contra Moisés.
Um novo dilema do governo Moisés: burocracia x política
Salvaro afirmou que já falou umas três ou quatro vezes com o secretário-chefe da Casa Civil, Juliano Chiodelli, e também solicitou ao secretário da Fazenda, Paulo Eli, que não retornou ligações, para que não deixassem parar a obra de macrodrenagem, que resolveria o problema de alagamentos na região.
Sem sucesso no pleito, lembrou que, no início do atual governo, houve tentativas de desativar as estruturas da Cidasc, a Epagri e da Celesc, em Criciúma, e acreditava que isso havia sido contornado ao apontar que, agora, é problema de caixa do Estado ou problema técnico para acompanhar a obra.
Clésio Salvaro apoia o senador Esperidião Amin (PP), portanto se transformou um adversário de Moisés, e não gostou de um vídeo, gravado em maio passado, em que elogia o governador candidato à reeleição, que circula nas redes sociais agora.
Jorginho Mello surfa nas denúncias do prefeito de Criciúma
Em entrevista à Rádio Cidade em Dia, de Criciúma, nesta quarta-feira (14), o senador Jorginho Mello (PL) disse que não é novidade para ele que Moisés faz política com dinheiro público e sentenciou: “isso é crime e as pessoas precisam saber disso”.
Jorginho se compromete a seguir as obras do Plano 1000, mesma declaração que bancou em evento na Fecam, mês passado, e aproveitou para criticar a saúde e disse que o governo de Moisés “é um caos”.
O PIX é o ponto de críticas dos adversários de Moisés e atraiu o apoio de inúmeros prefeitos no Estado.
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