Ricardo Guidi quer ficar no PSD e Júlia Zanatta pede que ele decida ida para o PL

Depois de dois dias no Rio de Janeiro (foto), onde participou de um encontro da direção nacional do PSD com a bancada federal da sigla, o deputado Ricardo Guidi, secretário estadual do Meio Ambiente e Energia Verde, reafirmou que quer ser candidato à prefeitura de Criciúma pelo partido ao qual está filiado. Do presidente nacional pessedista, o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, Guidi ouviu mais uma vez o cumprimento do acordo costurado com a anuência do ex-senador Jorge Bornhausen de que uma pesquisa deverá definir quem será o postulante do PSD: Guidi ou o vereador licenciado Arleu da Silveira, apoiado pelo prefeito Clésio Salvaro e pelo deputado Julio Garcia.

A mesma decisão de prosseguir no partido Guidi já passou ao governador Jorginho Mello, presidente estadual do PL, que o convidou para entrar na sigla. O deputado, que é presidente municipal do PSD e 2º vice-presidente estadual, tem uma visão clara: “Com o passar o tempo, eles vão perceber que o problema não sou eu, e, se mantiverem a posição atual, vão perder a eleição!”

A posição de Guidi é a mesma, desde que lançou seu nome à disputa. Ao seu lado tem o histórico familiar do pai Altair, ex-prefeito da cidade, e da mãe, a senadora Sandra Zanatta Guidi e centenas de apoiadores, que se manifestaram publicamente, inclusive no dia da filiação de Arleu. Coerente, o deputado-secretário sempre afirmou que pretende ter um vice do PL, o que não parece problema no PSD, pois é o idealizado pelos prefeitos Topázio Neto, de Florianópolis, e João Rodrigues, de Chapecó, ambos candidatos à reeleição.

PL espera, mas quer pressa de Guidi

A deputada Júlia Zanatta descarta que exista uma crise no PL de Criciúma e nega que não queira a presença de Guidi na sigla. Presidente municipal do partido, Júlia fez uma agenda política ao lado do filho 03 do ex-presidente Jair Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por Florianópolis, na última sexta-feira (8).

Eduardo Bolsonaro disse a Jorginho Mello, no encontro na Casa d’Agronômica (foto), que o candidato dele em Criciúma é o advogado Guilherme Colombo, marido de Júlia e atualmente no BRDE. A senha é a de que Colombo seria o companheiro de Guidi, no PL ou no PSD, desde que o deputado federal, colega de Bolsonaro na Câmara Fedreal, vença a queda de braço com Clésio e Júlio.

Júlia também afirma que, se não der para Guilherme Colombo, não se importa, não vê como uma derrota. Mas entende que se vier para o PL, Guidi deverá fazê-lo o mais rápido possível, esta semana preferencialmente. Vê que a demora na definição do quadro pode prejudicar a composição da chapa proporcional de vereadores, ainda em formação.

Aproximação com prefeitos

Júlia declarou que a foto com Topázio Neto (PSD), na sexta-feira (8), segue a mesma lógica da aproximação com Clésio Salvaro (PSD), por entender que dará este tratamento para quem estiver com ela, visitá-la em Brasília, mesmo que seja para pedir auxílio.

Júlia considera Topázio “um querido”, pessoa educada e de princípios, que a agradam. Com Clésio, cuja a relação já foi tumultuada, a presidente municipal do PL considera que o momento é bom para ambos os lados.

No entanto, Júlia descarta que esteja fechada com o projeto de Arleu. “Não tem nada definido em Criciúma e Arleu já andou falando que prefere Acélio Casagrande como vice!” Júlia ainda comentou que a foto tirada de Arleu ao lado de Guilherme Colombo e Jair Bolsonaro, em São Paulo, pouco antes do ato na Avenida Paulista, dia 25 de fevereiro, foi para atender um pedido do pré-candidato.

Nas especulações mais recentes, o governador Jorginho Mello estaria para fazer o contato com o Gilberto Kassab para garantir a carta de anuência para Ricardo Guidi. Assim, o deputado poderia deixar o PSD sem risco de perder o mandato. Falta combinar com Guidi.

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