Roberto Azevedo

O jornalista Roberto Azevedo tem 39 anos de profissão, 17 deles dedicados ao colunismo político. Na carreira, dirigiu equipes em redações de jornal, TV, rádio e internet nos principais veículos de Santa Catarina.


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De volta ao jogo

Retorno de Clésio Salvaro ao cargo teve mais do que o prestígio do PSD estadual

Evento na sede da prefeitura de Criciúma reuniu dezenas de correligionários e políticos

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Clésio Salvaro discursa durante o ato no Paço Municipal. Kelley Alves/SCTodo dia
Clésio Salvaro discursa durante o ato no Paço Municipal. Kelley Alves/SCTodo dia

Além das dezenas que se acotovelaram no hall do Paço Municipal, dos discursos cheios de mensagens e do depoimento de Clésio Salvaro (PSD) no retorno ao cargo de prefeito, a solenidade foi marcada pela forte presença de líderes estaduais do PSD que deram um tom partidário ao ato. Ao lado de Clésio, do prefeito eleito Vaguinho Espíndola e do vice eleito Salésio Lima estavam os prefeitos reeleitos João Rodrigues (Chapecó) e Orvino Coelho de Ávila (São José), o presidente estadual do PSD Eron Giordani e os deputados estaduais Júlio Garcia (PSD) e Rodrigo Minotto (PDT), além da deputada federal Geovania de Sá (PSDB).

João é o porta-voz da sigla que percorreu o Estado durante a campanha eleitoral, e disse, após o plieot, que pretende disputar o governo do Estado em 2026 e que o PSD tem um projeto para a próxima eleição geral. O prefeito de Chapecó já encaminhou uma aliança, em 2022, com Salvaro, quando este ainda estava no PSDB, para formar uma chapa a governador, mas o projeto não evoluiu.

Agora, ambos estão na mesma sigla e com ressentimentos dos últimos acontecimentos. Se Clésio retorna para completar o terceiro mandato à frente da prefeitura, não deixou de acreditar que a prisão por 21 dias, na Operação Caronte, que investiga supostas fraudes na licitação do serviço funerário de Criciúma, foi algo armado por seus adversários em, plena campanha eleitoral, quando apontou o dedo para o governador Jorginho Mello (PL). O governador nega qualquer ingerência na operação. E ainda afirma que Salvaro ofendeu o Ministério Público e o Poder Judiciário.

O vice-prefeito Ricardo Fabris (MDB), que administrou a cidade na ausência de Salvaro, não apareceu no ato. Foi ausência notada.

Militância política e defesa no Caso das Funerárias

Na última quinta-feira (31), a 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça cancelou o afastamento por 180 dias do cargo de prefeito e revogou outras medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica, a proibição de frequentar prédios públicos, dar entrevistas e fazer publicações nas redes sociais. Salvaro ainda é réu na investigação sobre as funerárias, mas está fortalecido não só pelo retorno à prefeitura.

Com o ato desta sexta-feira (1º), pôde finalmente comemorar a vitória retumbante nas urnas com a eleição de Vaguinho e Salésio, quando o grupo político ligado a ele e ao deputado Julio Garcia derrotou, de uma só vez, um ex-presidente da República, o governador do Estado, três deputados federais e um estadual. Sem uma condenação futura e com os direitos políticos em dia, Salvaro vira opção do PSD para compor a chapa majoritária (governo, vice ou Senado) ou à proporcional (deputado estadual e federal), com as bênçãos de João Rodrigues, entre outros.

Confira imagens do retorno de Clésio Salvaro ao cargo de prefeito

Reprodução: SCC SBT

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