Roberto Azevedo

O jornalista Roberto Azevedo tem 39 anos de profissão, 17 deles dedicados ao colunismo político. Na carreira, dirigiu equipes em redações de jornal, TV, rádio e internet nos principais veículos de Santa Catarina.


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Administração estadual

Reforma é o pontapé inicial do governo Jorginho

Criação de novas secretarias e mudanças na estrutura estão valendo

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Eduardo Valente/Secom
Eduardo Valente/Secom

A pressa que o governador Jorginho Mello (PL) afirma, constantemente, que a população tem para que a administração deslanche tornou-se mais do que a justificativa para que a reforma administrativa chegasse à Assembleia depois da Medida Provisória que a criou, prova de que acelerar é necessidade do governo.

Enquanto o desafio de mudar nomenclaturas e criar novas secretarias passa pela questão central de manter os custos da máquina pública no atual patamar, com um corte de 600 cargos, conforme o anunciado, adequar estruturas tem sido a marca de novos governantes, no mínimo para impor uma marca.

Jorginho está na fase inicial de manter os canhões apontados para o antecessor Carlos Moisés (Republicanos), principalmente em cima dos dados que confrontam contratos assinados dentro do Plano 1000, que avisa aos prefeitos querer honrar com responsabilidade, sem estabelecer prazos à espera do crescimento da arrecadação.

O calendário será um bom companheiro nos primeiros 100 dias de governo, o que costumou-se chamar de lua de mel, mas em determinado aparecem as cobranças.

Teve desarranjo antes da posse de Jerry na Infraestrutura

O Carnaval reservou uma surpresa para a bancada do MDB que reagiu com fúria ao saber que cargos anteriormente acertados com Jorginho Mello para o partido fossem preenchidos e publicados no Diário Oficial do Estado, do dia 17 de fevereiro.

Eram as coordenações regionais da Infraestrutura prometidas ao partido de Jerry, algumas das oito existentes, uma para cada parlamentar indicar, que foram devidamente preenchidas e não caíram bem entre os emedebistas, tanto, que, na véspera da posse quinta (23), o deputado ameaçou não assumir.

Bombeiros foram escalados e reverteram o quadro, inclusive com a divulgação, via Diário Oficial, de que nomeações na pasta foram tornadas sem efeito.

Na coletiva desta sexta (24), Jorginho declarou que não existe governo deste ou daquele partido e que os novos secretários (e os futuros) vindos de agremiações políticas sabem como o processo funciona, ou seja, se aceitam estarão dentro.

Prestígio aos senadores de PP e MDB

Eduardo Valente/Secom

Além da façanha de trazer os rivais mais ferrenhos da política catarinense para administração estadual, Jorginho prestigiou os dois senadores das siglas, Esperidião Amin (PP) e Iveta Appel da Silveira (MDB), que tiveram lugar de destaque na posse de Silvio Drveck (Indústria, Comércio e Serviços) e Jerry Comper (Infraestrutura e Mobilidade).

Teatro Pedro Ivo lotado, na sede do Executivo, estava recheado de prefeitos e vereadores, vindos das bases de Dreveck e de Jerry, Planalto Norte e Vale do Itajaí, que ouviram Jorginho dizer que, em relação ao Plano 1000, ainda avalia o pagamento dos contratos, e que o fará com responsabilidade.

Jorginho rasgou elogios a Amin, inclusive lembrou do empenho dele em que o governo federal ressarça Santa Catarina pelos R$ 465 milhões investidos pelo Estado nas obras de rodovias federais – faltam R$ 80 milhões ainda -, e a dona Ivete, que foi sua primeira suplente, para quem ainda dirigiu a lembrança do ex-governador e senador Luiz Henrique (PMDB).

Mauro De Nadal levou a opinião de parlamentares sobre a MP

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Embora tenha garantido que fará tudo para que a tramitação da Medida Provisória da Reforma Administrativa seja rápida, dentro do prazo de 60 dias (renováveis por mais 60), o presidente da Assembleia, deputado Mauro De Nadal (MDB), não deixou de fazer uma crítica à forma.

Para Mauro, o ideal seria enviar uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) em vez de da MP, sinal de que acelerar o processo não cai no agrado de quem terá que se debruçar pelos meandros da peça produzida pelo Executivo.

Teve descontração de tudo que é lado

A frase “se partido fosse bom, seria inteiro” foi só um dos momentos patrocinados pelo governador durante a posse, que foi precedido, antes de começar a solenidade, de um equívoco quando chamou Jerry Comper de Aldo Comper, na conversa com os jornalistas.

Aldo Schneider, padrinho político de Jerry, foi bastante lembrado, e outra deferência ao MDB foi do governador ao saudar o ex-governador Eduardo Pinho Moreira, que estava na plateia, sem que esteja definido o futuro dele no BRDE, onde é diretor Financeiro.

Outra que não passou em branco foi a atitude de Jerry em colocar o colete da secretaria que assumiu, quando Jorginho disse que precisaria pegar um número maior já que estava apertada e ainda dar uma nova, com a nova marca do governo: “Este é velho, do governo passado!”

Amin também deu um grande abraço em Dreveck, antes de iniciada a cerimônia, e aproveitou os jornalistas por perto para dizer : “para deixar registrado que vim prestigiá-lo, caso contrário dirão que não compareci!”

Confira comentário político:

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