PT e PSB aproveitaram o apoio de Alckmin à campanha de Eccel
Vice-presidente da República fez um discurso com críticas a Jair Bolsonaro
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Geraldo Alckmin (PSB) saiu direto de Brusque, no sábado (19), onde participou da campanha de Paulo Eccel e Dida Mafra (PSDB) à prefeitura, para assumir a interinidade da Presidência, em Brasília, em função da viagem do presidente Lula para a 15ª Cúpula dos Chefes de Estado do Brics, na África do Sul. Mas a passagem do vice-presidente pelo município foi mais do que um apoio ao candidato a prefeito, que quer chegar ao cargo pela terceira vez e recuperar a imagem política depois de cassado, em março de 2015, e a decisão anulada, em 2017, pelo mesmo TSE.
Brusque terá eleição suplementar, dia 3 de setembro, em função da cassação do mandato do prefeito Ari Vequi (MDB) e do vice Gilmar Doerner (DC), por abuso do poder econômico. Desde então, o vereador André Vechi (DC), que assumiu interinamente a prefeitura, comanda o município, e também é candidato ao cargo com o apoio do governador Jorginho Mello (PL). Vechi tentou na Justiça Eleitoral a impugnação do registro da chapa de Eccel, que concorre com uma liminar concedida pelo TRE.
Alckmin, que veio ao Estado a convite do presidente do Sebrae Décio Lima e da deputada federal Ana Paula Lima, ambos do PT, trouxe mais do que farpas a Jair Bolsonaro (PL), e lembrou a diferença do tratamento de assuntos sociais e do PAC, recém-lançado, em relação ao ex-presidente que é do dono da maioria dos votos no município catarinense. O vice-presidente, que é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, citou a inclusão e contou que seu pai sempre lhe dizia que não bastava viver, que era preciso conviver e participar. “Nós estamos resgatando o verdadeiro sentido da política. Política não é mata-mata, é a arte de servir ao povo. E o Paulo Eccel, que já foi prefeito eleito e reeleito, tem a arte da política e a ciência da experiência como bom administrador que foi”.
Alckmin foi acompanhado em Brusque pelo presidente estadual do PSB, Cláudio Vignatti, e o ex-ministro e atual coordenador-geral do Ministério do Desenvolvimento Agrário em Santa Catarina, José Fritsch (PT). O evento de Eccel foi realizado na Sociedade Santos Dumont.
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Quem são os candidatos em Brusque, dia 3 de setembro:
Alessandro Simas (PP) e Danilo Rezini (PSD)
André Vechi (DC) e André Batisti (PL)
Paulo Eccel (PT) e Dida Mafra (PSDB)
William Molina (MDB) e Osvaldo Quirino (Podemos)
Entenda o motivo do novo pleito
Em 4 de abril deste ano, o TSE determinou, por 5 votos a 2, a cassação dos mandatos do então prefeito de Brusque, José Ari Vequi (MDB), e do vice, Gilmar Doerner (Republicanos), por abuso de poder econômico durante a campanha eleitoral de 2020. Eles recorreram ao TSE e ao STF, mas não conseguiram reverter a decisão.
Os dois estão inelegíveis por oito anos, até 2028. O empresário Luciano Hang também se tornou inelegível na decisão do TSE, porque os ministros entenderam que ele agiu para dar condições a Vequi e Doerner com o emprego de estruturas de suas empresas e para deslocamento, uma vantagem em relação aos demais candidatos que disputaram a eleição no município. O ex-prefeito, o ex-vice e o empresário negam as acusações.
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