PT de Itajaí pede para MP investigar Jorginho pelo sobrevoo com Bolsonaro
Denúncia vê improbidade administrativa e autopromoção no fato
• Atualizado
O PT de Itajaí vê improbidade administrativa no sobrevoo às áreas atingidas pela enchente, no último dia 13 de outubro, quando o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) acompanhou o governador Jorginho Mello (PL) no roteiro, a partir de Chapecó. Depois, de helicóptero, passaram por Taió, Rio do Sul e Blumenau.
A sigla encaminhou denúncia à Procuradoria Geral de Justiça, o comando do Ministério Público Estadual, para a instauração de procedimento de investigação porque, de acordo com o pedido, “o ex-presidente não ocupa mais nenhum cargo público, também não possui nenhum conhecimento técnico específico que poderia justificar esta ‘ilegal publicidade pessoal’ promovida por parte do governador Jorginho”.
O próprio Bolsonaro declarou ao repórter Paulo César, do SBT SCC de Blumenau, ao vivo, tão logo retornou do sobrevoo de helicóptero, que foi convidado por Jorginho. Para o PT, o ex-presidente “prontamente se autopromoveu e utilizou do recurso publicitário pago com dinheiro público para postar em suas redes sociais”. O advogado Marcelo Branco assina o pedido de investigação.
O governo do Estado informou que não foi notificado sobre o pedido de investigação.
Uso do jatinho seria outra questão
Há outra questão que não foi abordada pelo PT itajaiense, porém foi especulada pela imprensa nacional quando da passagem de Bolsonaro pelo Estado. O jatinho utilizado para trazer o ex-presidente e o governador de Chapecó até Blumenau, pertence a um empresário que tem um contrato de R$ 2,5 milhões com a administração estadual catarinense, informou o Portal UOL. O senador Jorge Seif (PL) e a deputada federal Julia Zanatta (PL) também viajaram no trajeto do Oeste ao Vale do Itajaí.
De acordo com a informação do UOL, o avião modelo Cessna 525 Citation M2, usado pelo grupo, não pode atuar como táxi aéreo. “O jatinho é operado pela Oriente Gestão de Ativos SPE LTDA, aberta em fevereiro deste ano, segundo a Receita Federal. A empresa tem como sócios a Unifique Telecomunicações, seu diretor-presidente, Fabiano Busnardo, e a CLVR Participações LTDA, controlada por Clever Mannes. Ele é um dos acionistas da Unifique”, afirma a publicação.
Ainda segundo a publicação, o governo catarinense confirmou ao Estadão que o avião pertence à Unifique e que houve um “empréstimo” da aeronave ao grupo. Uma viagem, de 50 minutos, que pode custar R$ 40 mil (ida e volta), segundo cotação de uma empresa de aviação da região.
A Unifique atua no Fundo para Melhoria da Segurança Pública de Santa Catarina, desde 1º de janeiro de 2022. A empresa presta serviços de telecomunicações para “implantação e manutenção de sistema de transporte de dados digitalizados, ponto-a-ponto, para transmissão das imagens geradas pelo sistema de videomonitoramento urbano”, in forma o UOL.
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